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Em abril deste ano a gravadora comandada por D-Nox, Sprout, lançou a primeira edição da coletânea Passion, trabalho fruto da colaboração do brasileiro ZAC com o próprio D-Nox. Além de uma série de releases via Sprout, Passion também representa o alter ego que a dupla apresentará em algumas gigs selecionadas tocando b2b.
Após uma primeira edição em Chapecó, no último fim de semana (18) eles voltaram a tocar juntos em uma festa assinada pela Passion em Londrina. O projeto ainda seguirá com novas edições espalhadas pelo Brasil e a busca continua por novos produtores que possam compartilhar seu talento com o catálogo da Sprout através das compilações. Em busca de mais informações sobre Passion, falamos com D-Nox e ZAC:
Alataj: Olá, Thiago e Chris! Obrigado por nos atender. Impossível começarmos de outra maneira: o que exatamente motivou vocês a iniciar o projeto Passion?
Chris: Passion é uma ideia que está dentro de mim já faz muito tempo, meu sonho sempre foi realizar um evento com tudo o que é importante para dr ter uma boa festa, porque acho que muito do espírito original foi perdido e eu gostaria de apresentar a origem, a essência da música junto com Thiago para todos vocês.
Toco por todo o Brasil e, às vezes, sinto uma energia frágil nas pistas. Nós acreditamos que chegou a hora de fazer festas com muito amor e coração.
ZAC: Eu recebi o convite do Chris com muita alegria, que basicamente foi: precisamos mostrar isso para mais pessoas. Ser convidado por um ídolo como ele, o qual eu acompanho desde os primeiros passos na musica eletrônica, já tem toda a motivação necessária. Eu consegui visualizar a oportunidade de aprender com o Chris, viver o dia a dia com ele, ir pro estúdio, fazer a música que eu amo, da forma que eu amo. Se queremos algo melhor, não podemos esperar que alguém faça pela gente.
No campo da discotecagem e produção musical, quais são os principais objetivos que vocês possuem com o Passion?
Chris: Como o nome já diz, o som que nós tocamos e apresentamos para o público é feito com paixão, com amor e sentimento. Queremos tocar e produzir música com informação, positiva, hipnótica e alegre, feita pra todo mundo dançar sem parar.
ZAC: O objetivo é fazer e tocar música que tenha alma, sentimento… contar histórias que embalem as pistas de dança e a vida das pessoas.
Passion Vol 1 trouxe uma série de grandes faixas assinadas por artistas brasileiros do calibre de Blancah, Binaryh e Gabe. Como foi o processo de seleção musical para a compilação?
Chris: Na verdade demorou um pouco até acharmos 14 músicas que representassem nossa ideia de som. Ficamos muito felizes com o resulto e já estamos trabalhando no Vol 2. A música tem que ter uma mensagem. Temos que lembrar que musica eletrônica (house & techno) são feitas pra deixar o público dançar. Vamos apresentar um som que se encontra pouco aqui no Brasil, chegou a hora de mostrá-lo para um grande público. Sabemos que a galera está com fome de um som diferente.
ZAC: Recebemos bastante demos e escutamos todas, juntos escolhemos o que ia ser lançado como Passion. Todo esse trabalho novo demorou um tempo para conseguirmos chegar a esse resultado, mas acredito que ficou muito bom. O VA colocou 7 tracks entre as mais vendidas, todas são temas muito interessantes.
É claro pra gente que vocês possuem um relacionamento bastante passional em torno da música. Além disso, quais outras razões motivaram a escolha deste nome para o projeto?
Chris: Achamos que falta uma conexão honesta com o público e queremos trocar isso. O DJ vai ficar próximo do público, assim tudo mundo pode sentir a verdadeira vibe. Queremos entregar um evento que é feito para que todos se unam e celebrem em paz, com toda naturalidade possível.
ZAC: O nome representa o que sentimos, basicamente isso. Queremos despertar isso nas pessoas, paixão, amor e união.
Melodia parece ser a espinha dorsal da música do Passion, certo? Como vocês costumam trabalhar na criação deste elemento específico?
Chris: A melodia é o parte mais difícil para mim. Eu sou um DJ em primeiro lugar, eu vejo a música na minha frente, mas tenho dificuldade em realizá-la. Fazer o ritmo e a estrutura da musica e fácil, mas tudo que é harmonia demora. Para criar a melodia certa eu preciso achar o momento certo.
ZAC: Acredito que não só melodia, mas o groove é importante também. Não podemos esquecer que a música tem que tocar o coração e ao mesmo tempo fazer dançar. A criação melódica é do instinto, no meu caso um tanto quanto espiritual, eu sou adepto a repetição, vou fazendo, gravando e depois paro, escuto e sinto se aquilo realmente me emociona, se existe uma história verdadeira.
Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?
Chris: Vida. A melhor forma de trazer paz no mundo. Eu já toquei em mais de 70 países e alguns desses passaram por tempos difíceis, guerras, pobreza… mas a minha musica sempre uniu a todos e ajudou a esquecer dos problemas.
ZAC: A música é minha vida, é o a transformou e minha motivação para fazer o que eu faço todos dias.
A música conecta.
+++ “Música é a minha respiração, não há vida sem ela.” Leia nossa entrevista com Toshi!