Se você veio parar aqui, é porque tem interesse em saber um pouco mais o que preparamos de especial sobre o universo da música eletrônica. Criamos especialmente para a edição do Seas Festival uma série de cartazes personalizados para que o público conheça o contexto histórico do universo fonográfico, sendo possível perceber como a evolução dos equipamentos e mídias influenciaram a indústria da discotecagem. Abaixo você encontra um aprofundamento sobre cada um deles com uma ilustração bem especial:
Fonógrafo
Um nome que dificilmente ouvimos fora das aulas de história. O fonógrafo foi o primeiro aparelho capaz de gravar e reproduzir sons, criado no ano de 1877 por Thomas Edison. Nele, um cone acústico capta o som, faz vibrar um diafragma e uma agulha grava as ondas sonoras propagadas no ar. O verdadeiro intuito era a de executar representações gráficas das ondas sonoras, possibilitando que a acústica fosse estudada, sem pretensão de reproduzir o som gravado para quaisquer fins comerciais. Quase 10 anos depois a invenção foi aperfeiçoada e apenas por volta de 1888 começou a ter bons índices de comercialização.
Vinil
Esse você pode até conhecer, mas ainda assim é pouco visto por quem está na pista. A invenção veio no ano de 1948 e foi, sem dúvidas, um material que revolucionou a indústria musical. Assim como no fonógrafo, o vinil também precisa de uma agulha para que a música seja transformada em sinais elétricos através das vibrações, sendo necessário o toca-discos. O grande lance é que esse tipo de mídia apresenta uma excelente qualidade sonora e é até mesmo preferível para muitas pessoas. Muitos DJs ainda preferem discotecar utilizando vinis porque foi a partir dessa mídia que a arte da discotecagem surgiu.
Fita Cassete
Se você possui uma idade um pouco mais avançada, talvez já tenha tido o prazer de rebobinar fitas cassetes com caneta. Muito popular no Brasil na década de 80, elas permitiram que fosse possível copiar e gravar de forma caseira, sem a necessidade de um conhecimento mais avançado para tal. Lembra dos walkmans? Com eles era possível ouvir música andando de bicicleta, viajando… era o início do conceito de música portátil, quem viveu e realmente teve este fantástico objeto presente em sua rotina lembra com muito carinho dos momentos mágicos que ele proporcionou.
CD
Não demorou muito para que uma nova opção de mídia aparecesse no mercado substituindo o vinil e as fitas cassetes. Philips e Sony, marcas que com certeza você conhece, foram as pioneiras neste mercado e começaram a trabalhar nos CDs por volta de 1974. Oito anos depois, em 82, era comercializado o primeiro compact disc da história: 52nd Street, de Billy Joel. Com o formato final de 12 centímetros, os CDs ganharam em média 700 MB de espaço para gravação, o que dá cerca de 74 minutos de música em alta qualidade. Antes de decidir a dimensão, o grupo japonês (Sony) encomendou uma pesquisa sobre o tamanho médio dos bolsos de cidadãos da América, Ásia e Europa, para se certificar de que o CD seria facilmente transportado. Quem não guarda com carinho algum disco da banda ou artista favorito? Nós temos vários por aqui.
MP3
Muito provável que essa mídia esteja presente até hoje no seu dia a dia. No tempo em que a internet ainda era um bebê, por volta de 1988, o MP3 surgia para revolucionar mais uma vez a forma com que se podia ouvir música, afinal, o formato praticamente não apresenta perda de qualidade e o tamanho do arquivo geralmente é muito baixo, fato que impulsionou sua popularização. Dez anos depois, em 98, surgiu o primeiro MP3 player, tornando-se um grande sucesso comercial. O Napster (conhece?) foi o programa pioneiro no compartilhamento de música e responsável pelo “boom” do formato no início do século XXI.
Streaming
Uma tecnologia inovadora que atualmente é praticamente impossível se imaginar sem. Netflix, Spotify, Youtube. Esses e diversos outros programas permitiram que possamos assistir vídeos ou ouvir músicas sem a necessidade de ocupar espaço no computador ou em qualquer outro tipo de mídia, é só escolher, dar play e aproveitar. Isso tudo pode até ser meio óbvio para você, mas é só parar para pensar e analisar no retrospecto acima quantos anos levaram para que essa tecnologia evoluísse e fosse tida como natural atualmente.
DJs
Entre toca discos, vinis, pen drives e CDJs, muitos ainda se dividem quando o assunto é o setup de DJs. A verdade é que independente da forma escolhida para construir um set em uma festa, nada substituirá o feeling do artista. A escolha da música certa na hora certa. É isso que leva uma pista a loucura e é isso que nos motiva todos os dias. É por esse momento mágico na pista que nós vivemos.
A música conecta.