Se tem uma coisa que a nova fase mundial acelerou foram os processos dos artistas em seus perfis de Bandcamp e a visibilidade da plataforma. Ela, claro, já existia, mas parece que um novo hábito chegou para ficar. Não só de quem publica seus materiais lá, mas de quem passa a consumir e ajudar os artistas, principalmente os de cunho independente ou das camadas mais undergrounds, e isso por si só já traz uma super ressignificação nessa história toda. Ah! Sem contar as vendas de caráter social que tem rolado ali pelos grandes nomes.
É justamente nesse mote que a plataforma anunciou recentemente a chegada da discografia completa da cantora Björk. A artista, que é um dos cases mais fora da curva da cena pop mundial, ingressou ao movimento e direcionou todo valor arrecadado de suas vendas para o movimento Black Lives Matter. São nove álbuns da emblemática e imprevisível cantora islandesa que nesses tantos anos de carreira assumiu uma persona diferente para cada um deles. Os destaques ficam para o primeiro álbum, Debut (1993), Post (1995), Homogenic (1997) e Vespertine (2001), seus maiores sucessos. Os projetos mais atuais também estão lá, como o Utopia (2017).
Mesmo não lançando álbuns há um certo tempo, Björk, que para nossa surpresa já tem 54 anos, se mantém antenada às tendências futuristas atrelando sua música à tecnologia. Recentemente ela criou um projeto em parceria com a Microsoft para uma música que se alterna conforme as condições climáticas através de um sistema de inteligência artificial. É como ela mesma diz, não se pode domar a criatividade – filosofia essa que ela leva bem a sério. Que sirva de exemplo para mais artistas abraçarem a ideia.
A música conecta.