O nome desse surpreendente e distinto club remete ao amor. Amor pela música eletrônica, amor pela sensação de conectividade que sentimos em nossos corações quando escutamos às vertentes que mais mexem com nossas emoções.
Essa é a base que representa o Ame Club, hoje considerado um dos clubs que mais têm se destacado no cenário da música eletrônica brasileira e que já caiu nas graças do público underground com seu sistema de som incomparável e atmosfera intimista. Completando dois anos em novembro de 2020, o Ame tem uma curadoria exemplar chefiada por Silvio Soldera e Fauze Abdouch, qualidade estrutural digna de clubs gringos, um jogo de luzes e lasers único no país, e claro, a grande energia criada pelo público de cada abertura e sua relação praticamente carnal com a pista de dança.
Localizado entre as montanhas de Valinhos, no alto de um vale, ao lado de seu irmão mais velho, o Laroc Club, a casa veio para revolucionar a cena underground do Brasil, colocando-se como um dos clubs de vanguarda no país. Abrindo suas noites às 17hs e terminando às 4hs da manhã, o club oferece uma experiência única. Por lá já estiveram estrelas da indústria, proporcionando momentos históricos aos brasileiros, como o long set memorável do duo ucraniano ARTBAT, além do espaço já ter recebido duas vezes um dos reis da cena underground mundial, o holandês Joris Voorn, e também ter sido palco da IPSO, label party de Kölsch, que contou com um long set seis horas do dinamarquês.
Em moldes parecidos com o do renomado club #18 do mundo, o Laroc Club, o Ame tem uma ampla pista de dança com capacidade para três mil pessoas, sendo impressionante a quantidade de luzes, moving heads, holofotes e lasers, sem deixar a desejar nos elementos visuais e sensoriais, como bolhas de sabão e atores fantasiados passeando pela pista. Essa é a vibe criada pelos organizadores com o intuito de criar momentos únicos aos frequentadores. Além disso, a casa oferece uma experiência de backstage exclusiva, exatamente atrás da cabine do DJ para os mais aficcionados, que podem ficar bem perto dos artistas enquanto eles tocam.
Mas o show vai muito além da vista maravilhosa do topo da montanha e dos efeitos visuais incomparáveis. A curadoria musical é de qualidade inigualável. O Ame Club se propõe a trazer os melhores nomes da cena underground mundial e nacional. Para mostrar que não estavam de brincadeira, o club inaugurou com ninguém menos do que Joris Voorn. Essa noite deu o pontapé inicial em um projeto maravilhoso, seguido da segunda edição da Unity de Junior_C, o Ame recebeu diversos DJs nacionais para uma causa nobre, a luta contra câncer.
O ano de 2019 começou gigantesco com o italiano Marco Carola na primeira abertura naquele janeiro. No mês seguinte foi a vez de uma dobradinha. O brasileiro Victor Ruiz e o irlandês Matador fizeram uma noite especial como co-headliners.
Logo em seguida, pôde-se ver algo jamais visto. O Ame Club uniu-se ao seu irmão mais velho para realizarem a primeira edição do Ame Laroc Festival durante o Carnaval daquele ano. Por uma alameda criada atrás dos clubs, você podia transitar entre eles, vivendo o melhor do som comercial no Laroc e as batidas mais trevosas no Ame. Por essas três noites passaram pelas cabines gigantes como Seth Troxler, CamelPhat, Hot Since 82, Dubfire e D-Nox. Muito bem assessorados por um time de brasileiros contando com Gop Tun DJs, Leo Janeiro, Mascaro, Dj Glen, Gabe, Junior_C, Melanie Ribbe e Silvio Soul.
Depois dessa enorme oportunidade de sets incríveis por lá, você acreditaria que nada mais poderia te surpreender. Mas é aí que você se engana. Em menos de 20 dias, o Ame abriu as portas novamente com uma super noite. Os co-headliners Pete Tong e Bushwacka botaram a pista abaixo, provando mais uma vez o status inovador da casa. Claro, depois dessas bombas em março, abril daquele ano teria que ter um descanso mais do que merecido.
Em maio, completamente renovado, o club trouxe um dos mais desejados DJs da atualidade: Kölsch. Uma noite que entrou pra história com um super long set. Inesquecível mesmo. Em junho foi a vez delas! Sim, uma noite bem 100% feminina. Nastia e Daria Kolosova fizeram um B2B de respeito, mostrando a força das mulheres na cena underground. Além disso, a noite contou com uma super apresentação da brasileira Blancah, também co-headliner dessa abertura especial. Importante perceber o comprometimento do club com a maior visibilidade das DJs e produtoras do sexo feminino.
Em julho de 2019 foi a vez de Patrice Baumel, que encantou a noite com seu som melódico e ao mesmo tempo “porrada”. Nessa noite o Ame criou uma novidade que viria pra ficar: o after oficial, feito na parte de trás do club, somente para um número reduzido de pessoas. A entrada estava inclusa para aqueles que comprassem os ingressos para a noite no lote promo. O resultado foi um sucesso e a organização resolveu adotar essa estratégia como fixa para todas as aberturas em diante.
A abertura de agosto do ano passado trouxe três co-headliners de peso. O brasileiro Gabe dividiu o palco com wAFF e BONDI, elevando ainda mais o nível musical da noite, que foi o primeiro SOLD OUT da história da casa. Conseguir isso em menos de um ano de existência mostra o potencial e a força que a casa tem. O after oficial aconteceu também até as 7hs da manhã e provou que o público do Ame Club quer ver o sol nascer no vale.
Setembro foi mais uma vez um mês sabático para o club, que precisava de um descanso para recuperar as energias para a grande abertura de outubro, com um headliner muito requisitado pelos fãs. O Ame Club apresentou o alemão Claptone como atração da noite, arrancando seu segundo SOLD OUT. A festa foi regada a muito House e suas vertentes, preparando o terreno para a grande comemoração de um ano que estava por vir.
Em novembro aconteceu o primeiro aniversário deste espaço que chegou com tudo para marcar a cena nacional. O Ame trouxe ninguém menos que ARTBAT pela primeira vez ao Brasil, além de Mees Salomé, proporcionando um enorme espetáculo. Todos saíram da casa impressionados com a qualidade e a experiência vivida naquela noite.
Dezembro trouxe duas aberturas. Sim, eles ousaram. Primeiro, a terceira edição da Unity, com diversos nomes nacionais liderados por Junior_C, contando com Gabe, Anderson Noise, Dashdot, entre outros, além de um afterhours com Ratier. Quase como um lindo presente de Natal, o Ame Club foi a casa da primeira edição da IPSO no Brasil, label party do grande artista dinamarquês Kölsch. Por lá, ele tocou um maravilhoso long set de seis horas e deixou todos os presentes pasmos com tanta maestria, encerrando 2019 com chave de ouro.
O curto ano de 2020 viu o Ame Club abrir somente duas vezes. A primeira do ano contou com as estrelas D-Nox e H.O.S.H. como headliners, abrindo com uma vibe incrível. O que estava por vir não era esperado por nenhuma fã do club. A segunda edição do Ame Laroc Festival viria para mudar a experiência do público de uma forma nunca vivida em solo brasileiro. Foram três noites regadas a batidas de vertentes do underground regidas pelos maiores nomes da cena.
O primeiro dia contou com os headliners MEDUZA, que estreou na casa, juntamente com o mascarado Claptone. Ambos sets mexeram com as emoções presentes, trazendo uma vibe única de House Music. Já no segundo dia, os amantes do Ame Club foram deleitados com sets memoráveis de Guy Gerber e OXIA, ambos estreando no club. Mas para fechar o Carnaval, a organização guardou o melhor para o final. Retornando à casa, os três headliners ministraram sets incontestáveis, lotados de tracks incríveis, em uma construção musical impecável. Mees Salomé encantou com seu Deep House melódico, os ucranianos ARTBAT provaram por que são as sensações das pistas mundiais. E por fim, o primeiro headliner da breve história do Ame, o holandês Joris Voorn mostrou que continua sendo um dos maiores DJs da história da música eletrônica.
O único problema de toda essa linda história é que ninguém imaginava que aquela noite épica com Joris, ARTBAT e Mees seria a última de 2020. Logo depois a pandemia começou, e como todos sabem, os eventos foram proibidos de acontecer para poder respeitar as ordens de distanciamento social. Seguimos com saudades do Ame Club e temos certeza que quando tudo isso acabar, ele voltará ainda maior, trazendo os melhores nomes da indústria para nós, brasileiros.
A música conecta.