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A música conecta

Alataj entrevista Claudio Rocha Miranda Filho

O universo digital nunca foi tão utilizado e tão necessário quanto nessa pandemia. Com a obrigação de ficarmos em casa e evitarmos aglomerações, a única forma de realizar networking foi através do ambiente online, videochamadas, workshops e as famosas lives

Essa foi também a saída encontrada para o Brasil Music Conference (BRMC), que se viu na tarefa de continuar colaborando com o cenário de alguma forma, trazendo e compartilhando informações sobre o universo da música eletrônica, entretenimento e economia criativa brasileira.

Surgiu então o BRMC ON, que realizou ao todo 23 semanas com transmissões de bate-papos ao vivo para o público. Foram mais de 70 convidados ao todo, dezenas de programas e cerca de 60 horas de conteúdo que puderam ser absorvidos por todos aqueles que estavam em casa, inspirando e conectado o público como diferentes personalidades da indústria. 

Agora, na reta final de 2020, a equipe está preparando uma semana de encerramento batizada de Power Week ON, realizando quatro dias seguidos de lives com 16 novos programas no total, debatendo diferentes temas em torno de uma abordagem central: quais as lições de 2020 para o futuro da Música e do Entretenimento? Nós falamos com Claudio Rocha Miranda Filho, fundador e diretor geral do BRMC, que nos adiantou algumas informações sobre esse momento especial da conferência.

Alataj: Claudio, tudo bem? Obrigado por reservar um tempo e conversar com a gente. Música e diversidade foram as palavras de ordem do BRMC ON ao longo dos últimos meses, certo? Quão desafiante foi lançar a plataforma ON em 2020 neste formato online? Vocês atingiram o objetivo de vocês?

Claudio Rocha Miranda Filho: Olá, Alataj! Obrigado vocês pelo convite! Acredito que com o lançamento da plataforma ON conseguimos entregar à nossa audiência e a indústria de forma geral uma ferramenta importante, uma espécie de bússola para guiar a navegação nestes tempos tão impressionantes de tantas mudanças que tivemos que nos adaptar. Procuramos oferecer, através das visões dos nossos convidados, uma perspectiva ampla, organizando e compartilhando a informação, de diversas áreas da música eletrônica ao entretenimento e economia criativa. Preferimos não realizar a conferência, mas uma alternativa com quase a mesma quantidade de conteúdos, porém de forma espaçada.

Quais foram as temáticas e os assuntos levantados mais relevantes na sua opinião ao longo dos programas?

É um tempo de muito aprendizado e lições. Quando começamos, principalmente, sem nenhum cenário de vacina ou algo que nos livrasse desse vírus, precisávamos entender que, embora fosse importante desenhar cenários, as mudanças eram muito intensas e rápidas para prever algo à frente do curtíssimo prazo. Era o tempo de viver cada dia, cada semana, o hoje… E isso por si só já é uma lição e tanto. Nesse contexto, foi e continua sendo muito necessária a resiliência, a criatividade e a capacidade de reinvenção. 

Em relação aos assuntos mais levantados, sem dúvida nenhuma destaco: a questão dos eventos presenciais, festivais, clubes e shows de um modo geral, foi pauta constante, os protocolos de retomada, o tal “novo” normal; também a aceleração de processos de digitalização dos negócios, empresas e pessoas; o crescimento da indústria fonográfica e o streaming; a valorização do presencial e da música como bem de primeira importância para a saúde mental da sociedade; o olhar atento às novas possibilidades para os artistas, novas interações com os fãs, plataformas e formas de monetização – que não sejam gig presenciais; também as pautas de inclusão, diversidade, representatividade e principalmente, a solidariedade.

Esses conteúdos ficarão disponíveis apenas até dia 31 de dezembro, correto? 

Exatamente.

E agora, pra fechar a programação de 2020, vem uma semana de encerramento especial pela frente. Nos fale um pouco mais sobre o formato que acontecerá a Power Week ON.

Desejávamos entregar um fechamento propositivo. A proposta é através de uma reflexão coletiva com algumas das mentes que mais se destacaram em 2020, extraíssemos juntos o saldo positivo desse período que, apesar de todas as dificuldades, mostrou que com força, coragem e capacidade de realização – que são aspectos relacionados a “poder” (por isso o nome POWER WEEK) – sempre é possível sair das adversidades ainda mais fortes e preparados. 

O espírito desta semana é esse! Serão quatro dias nonstop, com quatro programas diários, onde receberemos 54 personalidades que vão da música eletrônica, às grandes cabeças do show business e entretenimento. Há muitas lições deste tempo que ainda estamos vivendo. Muita gente fez coisa muito legal que servirá para inspirar, dar insights e pavimentar o futuro da indústria.

 
 
 
 
 
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Pelo line-up anunciado, teremos muitas personalidades importantes ao longo dos dias. Como foi o processo de curadoria dos convidados? 

Procuramos fazer um balanço entre as lideranças de grandes empresas e projetos, como Rock in Rio, Dream Factory, Entourage, Só Track Boa, Sony Music, Mind 8, RIO2C, M-S Live, entre outros; artistas dos mais variados espectros, do DJ MAM passando por Illusionize, Wehbba, Almanac, à ativista e DJ de 13 anos de idade RIVKAH; jornalistas especialistas representantes de veículos como DJ Mag, Alataj e Play BPM; convidados internacionais como os diretores do Amsterdam Dance Event, representantes da AFEM – Association For Electronic Music, além de DJs consagrados como o master do Techno Dave Clarke, Blond:ish e Guy Gerber.

Será necessário fazer um cadastro para participar ou qualquer um que chegar na hora poderá participar?

Não necessariamente, mas como forma de presentear a nossa audiência no fim do ano – apenas para quem se cadastrar – produziremos o REPORT ON, um compilado com as principais ideias e lições dessa poderosa semana!

Por fim, uma pergunta clássica do Alataj: o que a música representa em sua vida? Obrigado!

Tem o poder de me levar para outros lugares, viajar – estimula a imaginação, a criatividade e a forma de encontrar as respostas para as questões que lidamos no mundo e os seus desafios.

A música conecta.

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