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A música conecta

Minha primeira gig | Fran Bortolossi

Fran Bortolossi colaborou grandemente para a tradição de pista que há no Sul. DJ desde 2006, o caxiense deu o pontapé na carreira após um período de conexão com a música eletrônica que desabrochou no Canadá. O contato com a cena de lá despertou a ânsia em promover por aqui os mesmo sentimentos que o abarcaram ao entrar em contato com a cultura eletrônica alternativa canadense, ao passo que logo após retornar para o Brasil, Fran se juntou com os amigos para fazer uma rave. Alguns anos depois, mais precisamente em 2009, Bortolossi fundou um dos influentes núcleos que impulsionam a música eletrônica no Brasil, a estimada Colours.

São 16 anos de carreira que rendem à Fran passagens pelos mais importantes clubs, eventos e festivais do Brasil, outras tantas importantes apresentações pela América Latina  claro, o Velho Continente (epicentro da música eletrônica underground), passando por festas do ADE (Amsterdam Dance Event), Egg London (Londres), Gazgolder (Moscou), Pacha (Barcelona), Ritter Butzke e Watergate (Berlim) e a lista vai longe… a precisão de Fran Bortolossi para flertar com a House Music não requer grandes contextualizações considerando seus anos de atuação e projetos. Por isso, nada mais justo do que trazer à tona suas lembranças ao se apresentar pela primeira vez, confira:

Fran Bortolossi 

A minha primeira gig foi uma história muito peculiar e de certa forma, única. Eu já colecionava bastante música antes de me apresentar oficialmente, acho que por uns dois ou três anos fiquei baixando muita coisa na internet. Obviamente, tocava e pegava emprestado os equipamentos dos amigos do meu irmão quando eles me deixavam, nos eventos que fazíamos “privates” de aquece ou afters.

Naquela época trocava muita músicas pelo Skype com vários DJs que estão na ativa hoje em dia. Já tinha um acervo grande de música eletrônica. House progressivo, trance, e a maioria psy-trance. Aí um amigo de infância, sabendo que eu curtia muito música eletrônica e discotecar por aí, me ofereceu, sem eu saber, para uma formatura de segundo grau do Mutirão. O cachê era algo em torno de 200 reais. E ele me avisou somente quando já estava fechado e que eu precisava cumprir (risos).

A gente já promovia algumas raves nessa época e eu conhecia bastante gente por conta desse trabalho de promoter que já fazia. Acabei eu mesmo produzindo uma segunda pista para tocar à noite toda nessa formatura. Mas a grande verdade era que eu só tinha muita música, porém não sabia muito bem como mixar. Como já tinha data para minha apresentação, acabei pegando os equipamentos emprestados com um outro amigo, tive uma aula expressa de mixagem e acabei aprendendo bem rápido. Treinei muito durante alguns poucos dias e no fim deu tudo certo. 

Óbvio que isso se aprimorou e melhorou com o tempo. Mas já a minha primeira festa acabou sendo bem legal. Eram duas pistas e a minha pista acabou bombando muito mais que a outra (risos). Toquei quase a noite inteira já na minha primeira gig oficial. Dali pra frente, acabei começando a ser contratado em muitos lugares, e quase que por um acaso ou por esse movimento do meu amigo, isso se tornou a minha principal profissão.

Fran Bortolossi: Instagram | SoundCloud.

A música conecta.

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