As grandes gravadoras estão vivendo um momento meio estranho: na busca por hits que se tornem virais nas redes sociais, acabam sufocando a própria essência artística que um dia as colocou no topo da indústria. O foco quase obsessivo em fórmulas que garantam engajamento instantâneo, impulsionadas por algoritmos e tendências digitais, fez com que essas gigantes pareçam cada vez menos interessadas em inovação e mais preocupadas em repetir um padrão seguro. O resultado? Um mar de lançamentos que soam iguais, tentando capturar o core do sucesso do hit do momento.
O problema é que, no passado, essas mesmas majors já foram celeiros de gêneros musicais disruptivos e carreiras que saíam da curva comercial. Agora, com as plataformas ditando o jogo, parece que qualquer proposta que exija mais profundidade corre o risco de ser engavetada. A música vira refém de métricas, enquanto o compromisso com a diversidade artística vai ficando para trás. No fundo, o dilema é claro: até quando a busca desenfreada por virais vai contaminar propostas mais ousadas do ponto de vista musical?