Rodrigo Vellutini é a pessoa que dá vida ao projeto do produtor e DJ Afterclapp. O artista nascido em São Paulo já atua no ramo da música há mais de uma década e segue em uma crescente criativa muito bonita de se acompanhar. Parte do projeto Shaka com Gustavo Caram, em 2010, Rodrigo se viu mergulhado nas possibilidade da música e das misturas e foi ali que passou a moldar profundamente sua identidade sonora através dos regrooves e remixes de hits da música popular brasileira e do Funk & Soul dos anos 70. Sua base vem do Hip Hop e do Downbeat e da magia de samplear um disco antigo ou gravação e transformar em algo novo e que ressoa com as pistas e sonoridades de hoje. Sendo bem afiado na arte do sampling.
Em carreira solo, desde 2016, ele tem se envolvido com grandes artistas como Silva, Gilsons, B Negao, Lamparina, Dudu Marote, Barbatuques, além de percorrer gigs pelo mundo, participando de festivais criativos e eventos voltados para arte e cultura. O grande sucesso da música Capitão de Areia que começou a viralizar por causa de um gamer russo e se espalhou mundo afora até chegar no Brasil, viralizou no Tiktok e expandiu seu nome em terras brasileiras. Com um som mental, profundo e visceral, que mistura diversas escolas estilísticas de maneira criativa, o artista agora se prepara para uma turnê na Europa. Mas, antes de partir, convidamos ele para contar sobre a primeira de todas, o prefácio de uma bela jornada que segue de desdobrando. Confira!
Afterclapp
Essa pergunta é um tanto complexa! O início da carreira como DJ se deu de forma muito orgânica no meu caso. Eu já estudava produção musical em 2010 quando me mudei para Florianópolis, e consequentemente comecei a morar com um grande amigo, o Gustavo Caram.
Ele tinha uma controladora de dj dessas Numark bem antigas, de ferro, que pesavam uma tonelada, e começamos a brincar de fazer um som durante as tardes e noites depois da faculdade. A partir daí, amigos que iam em casa começaram a nos chamar para tocar em aniversários e festas da faculdade. E sempre tocávamos de graça, em troca de drinks e comida, porcão de batata frita, etc. haha
Até que certo dia resolvemos pedir 100 reais para tocar em uma dessas festinhas de faculdade e o pessoal pagou! A partir daí abriu-se a possibilidade de conseguir fazer isso como profissão propriamente dita, então para mim essa foi a verdadeira primeira gig, discotecar em um happy hour do curso de Oceanografia da UFSC, dentro da faculdade!
Desde então passamos por muitas alegrias e desafios, mas não tenho dúvida de que esse é o meu caminho nessa vida. Produzir e testar suas músicas em uma pista lotada com um sistema de som pesado e ver que toca as pessoas e faz a pista ferver é uma das melhores sensações do mundo.
A música conecta.