Este fim de semana rola em Curitiba a oitava edição do Warung Day Festival. Este sem dúvidas é um dos eventos nacionais com foco na música eletrônica de maior sucesso e melhor execução que temos. É realmente impressionante o que o Warung consegue em termos de levar a clássica assinatura do club para outro estado em dimensões expandidas. O slogan de ‘Melhor dia do ano’ é muito bem recebido pelo público porque de fato é uma data especial, com uma experiência cuidadosamente pensada.
Inegavelmente esta edição é ainda mais relevante por conta do recente incêndio que destruiu a pista principal do club, que neste momento encontra-se em reconstrução e tem no festival um importante capítulo deste processo. Abaixo, preparamos o primeiro de uma série de conteúdos que teremos sobre festivais aqui na coluna Trend, um guia para você se preparar e compartilhar com seus amigos, cheio de insights exclusivos da nossa equipe que sempre está pesquisando muito sobre todos os principais aspectos da cena. Confira:
Por quê ir
A assinatura de curadoria e trabalho do Warung, criada e pautada no club da Praia Brava, realmente está presente no festival e isso torna a experiência bem especial. É um evento de grandes proporções mas que preserva detalhes que fazem a diferença para o público.
Line up
Edições anteriores do WDF tiveram line ups mais poderosos e inovadores na nossa opinião. Pesa um pouco a ausência de um conjunto de apostas mais ousadas. Entretanto, há artistas muito legais na edição deste ano e a aposta de colocar a estrela nacional Vintage Culture logo no segundo slot do principal palco faz bastante sentido e deve agregar muito público logo nas primeiras horas – chegar cedo é de fato importante para aproveitar o dia na pedreira. Camelphat, Bedouin e Chloé Caillet devem protagonizar momentos bonitos, além claro de um fechamento especial do Warung Stage pelo Adriatique, que ganhou um set de 4 horas devido a sua longa história de conexão com o público.
Imperdível!
Bonobo fez um set marcante no antigo Garden do Warung em 2014. 7 anos depois daquela apresentação ele retorna para fechar o Ópera Stage neste que deve ser o set mais especial do festival na nossa percepção. Tudo converge para um momento mágico: a brilhante assinatura musical do produtor britânico e a beleza magistral da Ópera de Arame não nos deixam mentir.
Locação
A Pedreira Paulo Leminski é sem dúvidas um dos pontos altos de tudo que o WDF representa. Pelo menos dentro das locações de festivais que eu já estive no Brasil, é disparada a melhor e mais especial. É linda durante o dia e poderosa durante a noite. Esse choque de cenários causado pela iluminação também é um fator muito interessante que a locação proporciona. Tudo o que falamos sobre a possibilidade do Warung levar a assinatura do club para o festival, certamente só é possível por conta de todo potencial que a Pedreira possui. Um show à parte.
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Vale ficar ligado
Pelo menos nas edições que estivemos presentes, ficou nítido que há um pico de horário de chegada por volta das 17h. Nesse momento os serviços básicos do festival podem ficar um pouco mais lentos, nada que não seja contornável.
A saída também é um ponto a se levar em consideração: se você não quer entrar em uma longa fila virtual dos aplicativos de transporte, vale sim sair uns minutos mais cedo.
Ano passado, em alguns momentos do festival, o Ópera Stage ficou fechado por atingir a sua capacidade máxima. Se tem um artista que você quer muito ver por lá, vale se programar para chegar mais cedo e não correr o risco de ficar pra fora.
Pode surpreender
Aqui vão algumas das coisas que estão fora das mais óbvias e do campo dos headliners mas que na nossa visão podem se tornar aspectos importantes desta edição:
Albuquerque está longe de ser uma aposta. Ao contrário disso, é um dos artistas residentes do club que melhor construíram uma relação verdadeira e profunda com todo o trabalho do Warung. Há sempre um grande potencial quando ele e o club trabalham juntos e aqui não é diferente. Esse ano ele abre o Pedreira Stage às 13h.
A jovem dupla Enrico & Carmo têm crescido bastante nos últimos meses e com um perfil muito bem ajustado à assinatura musical do Warung eles demonstram um potencial interessante de construir uma história longeva junto ao festival. É deles a responsabilidade de abrir o Ópera Stage às 13h.
BLANCAh é um artista que preserva uma relação de longa data com o Warung, sempre muito bem pautada no respeito e equilíbrio. Este ano ela recebe uma oportunidade especial e fecha o Pedreira a partir das 23h. Sempre vale ver e sentir de perto sua energia.
Para mais informações sobre o evento, acompanhe o Warung Day Festival no Instagram.
A música conecta.