Quando o assunto é Hard Techno, o Vale do Itajaí tem estado muito bem servido desde que o duo Tegron chegou para agitar a cena, não só trazendo lançamentos musicais de qualidade, mas também produzindo festas e eventos com o objetivo de fortalecer o cenário por lá. Formado em 2018 por Jorge Domingos e Natan Amboni, o projeto nasceu como uma extensão da paixão de ambos pelas pistas, criando assim uma sonoridade que une Hard, Dark, Hardcore e Industrial Techno com muita intensidade e agressividade.

O envolvimento com a cena underground foi algo natural para a dupla, que iniciou experimentando festivais e núcleos independentes de Santa Catarina, até integrar como artistas este movimento. Após se unirem como Tegron, desenvolvendo uma sonoridade performática, marcada pela experimentação de sons inesperados e estruturas obscuras, eles passaram a contribuir mais intensamente com o cenário Dark da região. A primeira atuação ativa foi através do núcleo Phobia Project, junto à artista MADDOX.
A ideia do núcleo era promover festas que fizessem o público se sentir à vontade e se expressar livremente ao som dos beats arrojados do Hard Techno. Com uma estética agressiva e inovadora, os eventos acontecem majoritariamente em Blumenau, mas também já rolou uma edição em Curitiba e um showcase em Florianópolis. Além desse fomento à cena local, o coletivo passou a atuar digitalmente focando em trazer conteúdos voltados ao dark techno, como o Phobia Podcast, que traz sets poderosos de diversos nomes de peso, como Lady Maru, Metaraph, Vendex e mais.
Mais recentemente também deram início a uma marca de roupas que traz esse visual pesado, brutal e obscuro, que está bem presente nas músicas do duo. Com a ausência de marcas que ofereçam produtos voltados ao lifestyle e estética dark/hardcore , a Tegron Clothing chegou para suprir essa escassez
A cena underground de Blumenau e região claramente tem ganhado muito com o engajamento do duo no desenvolvimento e expansão do Hard Techno por lá, criando um legado e uma movimentação coletiva. Mas não são apenas os clubbers catarinenses que são beneficiados, afinal, os ganhos ultrapassam as barreiras geográficas, impulsionando o cenário nacional como um todo.
A música conecta.