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Alataj entrevista Nick Curly

Por Louise Lamin em Entrevistas 08.08.2023

Nick Curly sempre foi um nome ao qual olhamos com atenção aqui no Alataj dada sua tamanha importância e contribuição para a evolução da cena nos últimos 15 anos, tanto que, em 2017, o entrevistamos pela primeira vez e naturalmente o Mannheim Sound, movimento liderado por ele e outros artistas — algo que o ajudou a ter o reconhecimento global que possui até hoje —, foi um dos pontos principais do papo. Ainda em atividade constante, seja como DJ, produtor, ou através da gestão de suas labels tradicionais como Cécille e 8Bit, Curly continua empurrando e nutrindo a indústria com excelentes trabalhos e influenciando novos artistas.

+++ Minha Primeira Gig com Nick Curly

Hoje, quase quatro anos desde sua última colaboração conosco, temos o prazer de entrevistá-lo novamente para saber mais algumas de suas novidades recentes, aproveitando também a sua estreia na Adesso Music, onde ele remixou Such A Loneliness, de KeeQ, injetando sua abordagem característica no single, incluindo uma versão dub mais despojada que a original. Perguntamos também sobre sua rotina, prioridades, gestão das labels, e tudo isso você pode conferir a seguir:

Alataj: Olá, Nick! É um prazer falar com você novamente — falamos novamente porque tivemos a oportunidade de conversar sobre o Mannheim Sound, em 2017. Nesse meio-tempo muita coisa aconteceu, inclusive uma pandemia. O que você destacaria, então, destes últimos 6-7 anos vividos na sua vida? Quais foram as principais mudanças tanto no lado artístico como pessoal desde então? 

Nick Curly: Olá! Sim, lembro de quando conversamos no início da minha carreira, sobre como tudo começou e quando eu e meus amigos George, Johnny D, Ray Okpara, Nekes lançamos as gravadoras, Cecille, 8Bit e Oslo Records, e a chamada Mannheim Sound. Essa provavelmente foi uma das partes mais importantes da minha carreira.

Os destaques depois disso foram, é claro, todas as festas que me fizeram viajar ao redor do mundo, além de ter me tornado DJ residente em um dos melhores clubes do mundo, o Space Ibiza, com minha noite de Kehakuma. Além disso, meu álbum Between the Lines, que foi assinado pela Defected, foi um destaque para mim.

E como você tem ocupado a maior parte do seu tempo nos dias de hoje? As turnês e gigs pelo mundo ainda são sua prioridade? 

Durante a pandemia, eu e minha família decidimos abrir dois hotéis aqui em Antalya, na Turquia, onde moramos há 4 anos. Isso se tornou uma grande parte da minha vida, além de ainda estar em turnê. Não estou mais viajando todo fim de semana, porque também tenho uma família agora, mas ainda adoro viajar algumas vezes por mês.

Isso não exclui o cuidado que você tem com suas gravadoras, como a Cécille e 8Bit, ambas em plena atividade até hoje. Pelo que você tem mais prezado ao analisar as músicas e decidir lançá-las em cada uma labels? 

Não há nada específico em que eu me fixe quando ouço uma demo. O mais importante é que me emocione desde o primeiro minuto que ouço. Estou muito aberto para a maioria dos gêneros, então a música só precisa me pegar.

Falando em lançamentos, você adicionou recentemente um novo selo ao seu catálogo: Adesso Music. Temos acompanhado o trabalho deles de perto e tem sido bastante interessante, sempre equilibrando nomes promissores com outras estrelas. Como é a sua relação com Junior Jack e o time da gravadora em geral? 

Sim, a Adesso Music está fazendo um trabalho muito bom com a gravadora. Realmente cuidando dos artistas e fazendo cada lançamento da melhor maneira possível. Estou feliz por fazer parte disso agora com o remix que fiz para o Keeq.

Pode nos contar mais detalhadamente sobre o processo técnico por trás deste remix? Qual foi o pensamento na hora de remodelá-la? 

Eu apenas segui a ideia que surgiu na minha mente quando ouvi as partes do remix. Queria primeiro brincar um pouco mais com o vocal, mas no final decidi que a versão dub é minha favorita 🙂 

Se não estou errada, sua última passagem pelo Brasil aconteceu em 2019. Quando poderemos vê-lo por aqui novamente e quais são seus próximos compromissos para este segundo semestre do ano? 

Ah, estou justamente me preparando para uma turnê na América Latina para o final deste ano/início do ano que vem! Espero também poder incluir no mínimo 1-2 paradas no Brasil novamente.

Vimos que a Trust, sua label party, não está ativa desde 2018. Há planos para voltar com os eventos de alguma forma no futuro? 

Sim! Tenho uma trust party em Ibiza agora em setembro, mas confesso que estou me concentrando um pouco mais nas label nights com a 8Bit, em que completaremos 20 anos no próximo ano e também com minha gravadora Cécille Records, em que acabamos de confirmar nosso próprio palco no Groove Fest, em Londres, e no domingo no ADE, em Amsterdam.

Por fim, nossa pergunta clássica do Alataj. O que a música representa na sua vida?

Simples: é minha vida! Obrigado.

Conecte-se com Nick Curly: Instagram | SoundCloud | Spotify

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