Foto de capa: Johan Bergmark
Alguns artistas são realmente difíceis de categorizar, ou melhor, nem mesmo deveriam receber qualquer tipo de categorização. Este é o caso de Mikael Nordgren, que assina seus trabalhos como Tiger Stripes. Ele é um DJ e produtor de Estocolmo que possui uma longa história com a música eletrônica, desde o início dos anos 2000, mas que passou recentemente por um hiato na carreira — isso porque ele estava focando em sua banda de Indie Rock, Little Lies. Agora, está de volta e se mostrando bastante inspirado.
Antes, porém, é preciso uma breve contextualização. Cerca de 15 anos atrás, ele já estava figurando em alguns catálogo que você com certeza já ouviu falar: Drumcode, Toolroom, Suara, Get Physical, Material, Strictly Rhythm, Truesoul, Desolat e Hot Creations são alguns deles. Nada mal. E só visualizando essa lista já é possível perceber como o som dele pode ir desde o House mais profundo até o Techno mais enérgico e mental, o que lhe rendeu colaborações com nomes que vão de Kerri Chandler a Riva Starr, passando por Danny Fontana e Oscar Escapa.
Foi graças a um warm up para Kerri Chandler no ano passado, onde tocou Soulful/Deep House, que a sede de voltar à cena underground e continuar o excelente trabalho que havia feito nas décadas passadas apareceu. Voltando às suas raízes no House, ele mostrou novamente seu cartão de visitas em setembro, com I Heard It Through The Bassline, um EP de duas faixas pela Rekids, e continuou com The Blessing, outro EP de duas faixas, este pela Kwench Records, gravadora comandada por Cassy.
“Música com energia positiva é o que mais precisamos agora porque o mundo é um lugar problemático”, disse o artista ao lançar este último EP. E é exatamente isso o que ouvimos em The Blessing e também no mix exclusivo que ele acabou de gravar para o Alaplay, House de altíssima qualidade com boas doses de nostalgia, nos transportando para a atmosfera de grandes pistas das décadas passadas.