Com uma atuação que cruza as pistas, a produção cultural e a valorização da representatividade feminina na música eletrônica, Beatric tem se consolidado como um dos nomes mais necessários da cena curitibana. Fundadora da LAVANDA, vem articulando festas, oficinas e conteúdos educativos que fortalecem o protagonismo de artistas mulheres, ao mesmo tempo em que mantém uma agenda ativa como DJ, com passagens por clubs e eventos no sul e sudeste do Brasil, incluindo D-Edge e Club Vibe, além de apresentações recentes na Argentina que expandiram sua atuação. Sua identidade sonora é marcada por contrastes bem resolvidos, sempre carregando uma estética que mistura nostalgia, elegância e intensidade, com referências que dialogam com as pistas das décadas de 80, 90 e 2000.
No Alaplay 626, Beatric entrega um set que avança em camadas, alternando atmosferas com naturalidade e deixando espaço para a sensibilidade agir antes de mergulhar em atmosferas mais densas e espaciais. A primeira metade conduz o ouvinte por uma narrativa refinada, que se desdobra em diferentes texturas e prepara o terreno para a virada mais enérgica que marca a parte final do set, apontando para um desfecho progressivo e hipnótico. O encerramento, porém, resgata seu lado mais nostálgico através do remix de um clássico da House Music dos anos 2000. Ouça: