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A música conecta

Diggin Essence | Marcio S.

A indústria da música eletrônica se mostra cada vez mais competitiva ao longo dos anos e a maioria dos artistas se destaca principalmente através da produção musical. São poucos aqueles que se mantêm firmes apostando na pesquisa musical e na discotecagem como o grande diferencial de suas carreiras. No Brasil, Marcio S. é um dos grandes cases. A nova edição da série especial Diggin Essence — que destaca e homenageia o trabalho de artistas que se consolidaram essencialmente como DJs — aborda detalhes da carreira e pesquisa deste importante player brasileiro, que soma mais de 30 anos conectado à cultura clubber e uma bagagem cheia de histórias e experiências.

Na ativa como DJ desde meados dos anos 90, Marcio S. viu de perto e participou diretamente do desenvolvimento da cena eletrônica nacional. Dos bailes de garagem e matinês, aos poucos ele começou a ocupar espaços importantes do circuito brasileiro, incluindo cenas fora do eixo, como no caso de sua longa parceria com Manaus. Marcio tocou lá pela primeira vez em 2001, no Festival Ecosystem, e a partir de 2009, foi diretor artístico da produtora Seven e um dos curadores do maior festival de música eletrônica que a cidade já viu, o Seven Music Festival (SMF), história que nossos colegas da GRVE contaram em detalhes nesta matéria especial.

Outro episódio marcante da história de Marcio S foi quando gravou seu Boiler Room, em 2014 e um dos primeiros em solo brasileiro, novamente no Amazonas, selando a forte conexão que criou com o estado e sua capital. Nessa época, ele também já era residente do D-Edge, em São Paulo, posição que mantém desde 2011. Mas essas são apenas algumas das experiências que fizeram dele um artista tão respeitado como é hoje.

Marcio S Skol Beats x Boiler Room Amazonia DJ Set

Seu momento de carreira é especial e prova disso é que Marcio está confirmado para tocar na nova edição do DGTL que acontece neste sábado (16), no palco Frequency, a partir das 23h30. Ainda este mês, ele também embarca para uma nova turnê rumo à Europa, passando por países como Suíça, França, Portugal, Alemanha e Irlanda (confira todas as datas aqui). Como parte desta série que se encerra em Dezembro, mergulhamos em seu perfil como seletor musical para destacar alguns pilares que fizeram Marcio S. chegar e se manter nesta posição atual de destaque como um dos mais experientes diggers brasileiros:

Mix de influências e referências de Chicago e Detroit

Muitos artistas se dizem influenciados pela cena House de Chicago e Techno de Detroit, mas a verdade é que poucos conseguem combinar isso de fato na hora da discotecagem. Marcio S apresenta esta mistura com maestria, de forma muito inteligente e pessoal. Ao ouvi-lo, sempre é perceptível uma busca evidente pela pureza estética dessas cenas, unindo as raízes do House com a profundidade e o dinamismo do Techno. Para quem não conhece Marcio, essa combinação pode até parecer meio genérica, mas quando se trata de seus sets, pode ter certeza de que você estará em contato com uma pesquisa autêntica e um extenso repertório montado com muito cuidado. Em digital ou vinil. 

Histórica residência no D-EDGE

Ser residente do D-Edge há mais de uma década é algo reservado para poucos, e Marcio S. faz parte deste grupo que carrega a responsabilidade de representar um dos venues mais icônicos do mundo. Desde 2011, ele é presença constante nas noites do club, principalmente na Mothership (atualmente NAVE), festa que acontece sempre aos sábados. Seu compromisso com a curadoria musical quando toca no D-EDGE contribui diretamente para a manutenção da cena paulistana, afinal, para assumir tal posição em um lugar tão respeitado, é preciso muito conhecimento musical, de cena e de público para sempre apresentar algo novo enquanto preserva a sua própria identidade e a do club. Residência é coisa séria. 

Pesquisa avançada no vinil

Não é raro ver Marcio S. tocando na noite apenas com vinil. Essa é uma prática que ele faz e mantém desde os primórdios enquanto DJ, porque mais do que honrar as raízes da cultura da discotecagem, ele sabe que encontra nos discos alguns clássicos e raridades que não fazem parte do mundo digital. É esse trabalho de pesquisa que faz seus sets terem uma assinatura própria, criando uma ponte entre o passado e o futuro de forma bastante autêntica. Ele, inclusive, já colaborou em uma matéria indicando 5 lojas de discos para visitar na Europa. Vale a pena conferir. 

Larga experiência em grandes pistas do Brasil e do mundo 

Márcio S. começou a tocar profissionalmente em 1998, quando recebeu oficialmente o seu primeiro cachê como DJ. Ou seja, são mais de 25 anos de contribuição à cena, experiência que já o levou para clubs, festas e festivais globalmente respeitados, como Egg London (Reino Unido), Macarena Club (Espanha), Sisyphos (Alemanha), Pratersauna (Áustria), Warung Beach Club, TribalTech e muitos outros. Sua nova tour pela Europa é um reconhecimento ao esforço contínuo de seguir amadurecendo e evoluindo como DJ, mesmo depois de tantos anos do primeiro play. 

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