Se você abriu essa matéria é porque provavelmente conhece essa poderosa cantora, compositora e produtora musical. Muitos de vocês também já tiveram a oportunidade de vê-la de perto, em performances envolventes e que esbanjam carisma. Anabel Englund tem um lugar bem especial guardado no coração de muitas pistas do Brasil e suas passagens por aqui são inúmeras, tanto em parceria com seu inseparável companheiro Lee Foss, quanto juntamente com a banda Hot Natured.
Depois de muitos trabalhos colaborativos de sucesso, Anabel chega com seu primeiro álbum Messing With Magic, que também conta com colaborações de Lee Foss, Jamie Jones e MK. Ainda, é com o inseparável Lee Foss que ela lançou o EP Thunder & Lightning, pela Hot Creations, com duas faixas fortes para a pista de dança. Nós conversamos com a artista sobre esses lançamentos, a produção do videoclipe que acompanha uma das faixas do álbum, história na música e mais.
Alataj: Olá Anabel, tudo bem? Muito obrigada por conversar com a gente. Você vem de uma família onde encontramos tanto músicos quanto atores e atrizes, então a sua vida te guiava fortemente para o universo artístico. Você já sabia desde cedo que esse era o caminho que queria seguir?
Anabel Englund: Muito bem! Honestamente, eu não tinha certeza de onde meu caminho me levaria ou para onde eu queria ir. Música e outras artes sempre fizeram parte de mim, então nunca foi algo que eu precisasse buscar, mas sempre me encontrei.
Aproveitando o assunto, em que momento a música eletrônica entrou na sua história como vocalista e compositora?
Aconteceu quando eu tinha 17/18 anos e estava começando a conhecer a cena underground de LA. Fiquei instantaneamente apaixonada e sempre queria mais. Descobri os artistas que amava e estava na missão de saber mais. Foi assim que conheci Lee Foss, Jamie Jones e assim por diante.
Vamos falar de lançamentos. Você e Lee Foss voltaram ao estúdio depois de seis anos para gravar o EP Thunder & Lightning, pela Hot Creations, com duas faixas fortes. Como aconteceu a ideia de trabalhar em conjunto novamente?
Nós nunca paramos de fazer música um com o outro, este é o primeiro lançamento da Hot Creations há algum tempo. Lee e eu tínhamos escrito Thunder & Lightning anos atrás e quando ele e Detlef começaram a trabalhar em uma batida, ele me ligou dizendo que encontrou a faixa perfeita para colocar Thunder & Lightning. A partir daí, I have Synthed veio fácil. Eu aaaaamoooo este EP.
A parceria mais importante entre vocês foi definitivamente a banda Hot Natured, que teve uma história explosiva e que hoje não existe mais. Os anos de experiência trabalhando separadamente em estúdio influenciaram no som que produziram agora?
Realmente tem uma história incrível. O que mais aprendi sobre como trabalhar com Hot Natured foi minha capacidade de desempenho. Isso me deu a oportunidade de cantar em lugares como Brixton Academy, Coachella, Glastonbury… Eu estava me apresentando nos maiores festivais literalmente ao redor do mundo e foi INCRÍVEL. Aprendi que sou uma boa intérprete e que adoro cantar e dançar para as pessoas.
Seu mais recente release é o álbum debut de sua carreira, Messing With Magic. O primeiro álbum é sempre um projeto marcante na vida de um artista. Como aconteceu o nascimento desse projeto?
Aconteceu realmente organicamente. Comecei com um EP e gradualmente foi se tornando um álbum por causa de todas as músicas que eu estava escrevendo. Tive um enorme sucesso com este álbum. Muitas estreias na minha carreira solo, foi tão lindo assistir isso acontecer.
Como você tem lidado com esse período sem tours e gigs?
Eu diria muito bem. Tem sido uma montanha-russa o ano todo, houve muitos altos e baixos, mas muitas coisas boas e novas maneiras de permanecer conectado. Eu escrevi tantas músicas no Zoom que nunca teria imaginado que isso fosse o novo normal. Eu estava viajando muito antes de tudo isso e realmente sinto que precisava de uma pausa. Sou grata por este momento em que todos nós, coletivamente, estamos na mesma página. Eu tive a oportunidade de parar tudo, ver como eu estava vivendo, ver o que estava funcionando e o que não estava. Quando as coisas começarem de novo, será uma vibração totalmente diferente!
A faixa Underwater em especial foi produzida em colaboração com MK e veio com um videoclipe acompanhado. Como surgiu essa parceria entre artistas? E a produção do videoclipe, como aconteceu?
Eu originalmente comecei a música com meus amigos Carl Ryden e Paul Harris, e achamos que seria divertido ter MK na faixa. Faz sentido porque ele tem um som tão bom e este álbum é o primeiro a sair pelo selo dele, Area 10. Ele deixou o videoclipe por minha conta e depois de despejar muitas ideias, eu tive o tema. Tive uma equipe incrível que me ajudou a reunir tudo.
As pistas do Brasil tem uma relação muito carinhosa com você e já rolaram muitas apresentações memoráveis por aqui, incluindo apresentação com a banda Hot Natured. O que você acha que pode fazer compreender essa conexão com nosso público? Algum momento especial que você guarda na memória?
Sim, eu amo me apresentar no Brasil! Bem, eu acho que a primeira coisa é boa música, não consigo explicar o resto. A Anabel Englund que as pessoas veem quando eu atuo é diferente daquela que vive seu dia a dia. É como se houvesse um interruptor.
Pós álbum, é hora de descansar ou teremos mais novidades para os próximos meses?
Sem tempo para descansar. Tenho muito mais novidades. Muito mais música.
Para finalizar, uma pergunta tradicional do Alataj: o que a música representa em sua vida?
Música para mim é a batida do coração da vida. Representa tantos tempos e memórias diferentes. Eu encontro em toda parte e aprendo com ela em todos os lugares.
A música conecta.