Nascido no sul da França logo no início da década de 1980, Malikk viveu em contato com a música eletrônica desde a formação dos primeiros pilares que ajudaram a consolidá-la no país europeu, ainda em sua infância. O desenvolvimento da audição para as batidas sintéticas transformaram o artista em hábil produtor, que viu seu nome despontar rapidamente no circuito internacional.
Malikk carrega em sua bagagem lançamentos por gravadoras como Loulou Records – por onde lançou um dos maiores hits de sua carreira, I Take Ya -, Solotoko e Toolroom. O francês também encerrou o ano de 2020 com chave de ouro, estreando na aclamada Hot Creations com o EP Heu Como Bailar. Hoje ele nos conta como foi seu debut nas pistas de dança.
Malikk
Quando eu tinha 15 anos (nos anos 90), o melhor amigo do meu irmão mais velho, Jamel, organizava festas eletrônicas. Foi aí que tudo começou: me apaixonei por vinil, toca-discos, House Music e foi minha motivação para começar a discotecar. Jamel me ensinou tudo. Marquei minha primeira gig com ele aos 16 anos. Foi em uma sala alugada e tivemos que organizar tudo sozinhos, ou seja, pré-venda, promoção, instalação de aparelhagem, divulgação, etc….
Foi legal ver seu nome em cartazes por toda a cidade. Na época eu não tinha vinil, precisava mixar com os dele, que também tinha toca-discos Pioneer MK2 e era bem legal.
Eu estava tão animado para contar a todos os meus amigos sobre isso. Eu queria muitas pessoas lá para meu primeiro show. Dei alguns ingressos aos meus amigos para vendê-los e Jamel fez o mesmo com a pré-venda. A festa esgotou e foi incrível.
Lembro que tínhamos nossos nomes de DJs em nossas camisetas. Não me pergunte por quê, mas eu me chamava Dj Miki [risos].
Fui à casa de Jamel um dia antes para preparar meu set e o toquei por sentimento. Estava tudo bem, éramos dois DJs no line-up, toquei quatro horas, foi ótimo. Toquei Hip Hop, RnB, Techno, House e Funky …
O clima estava ótimo, a festa foi um sucesso, ganhei meu primeiro salário como DJ. Fiquei orgulhoso e feliz.
A música conecta.