Skip to content
A música conecta

Minha Primeira Gig | Touchtalk

Oito anos de estrada e uma bagagem repleta de profundas experiências. Quando Gabriel Castro e Estevão Melchior se conheceram, não imaginavam que o destino guardava para eles um futuro de sucesso. A dupla já galgava seus caminhos individuais na cena eletrônica e, ao decorrer de suas carreiras, decidiram se unir para criarem juntos novas ideias em formato de música. Foi então que em 2012, após muitos encontros e trocas de experiências, criaram o Touchtalk

Com uma assinatura sonora ímpar, o projeto é um dos nomes mais representativos do cenário eletrônico do Brasil, marcando apresentações emblemáticas em grandes clubs e festivais do país como Tribe — onde são residentes —, XXXPerience, Tribaltech, Universo Paralello, Warung, D-Edge e Club Vibe, além de uma passagem pelo renomado Burning Man, na edição digital Multiverse 2020.

Mas claro que o caminho para chegar até aqui teve alguns percalços, aliás, logo na primeira gig a coisa não foi das melhores. De placa de som queimada até pista vazia, a dupla nos conta com mais detalhes como foi a primeira vez que eles se apresentaram juntos. Para acompanhar a leitura, dê o play no último EP lançado por eles na sua própria gravadora, LoveDogs.

Touchtalk

Nos conhecemos em 2009 e fizemos várias músicas juntos até 2011. Em 2012 decidimos começar um projeto para podermos tocar juntos todas as nossas produções. Nesta época ainda vivíamos em cidades diferentes e fazíamos tudo à distância, via internet. Ainda em 2012, rolou nosso primeiro request como Touchtalk; o dia era 28 de agosto e viria para marcar oficialmente o início do projeto.

Como seria a primeira vez que tocaríamos juntos, três dias antes o Estevão se deslocou até a cidade de Assis, em São Paulo, onde eu (Gabriel) morava. Tivemos três dias para nos alinhar e bolar como seria a apresentação, ainda inédita. Após esse tempo fomos para Presidente Prudente, nos deslocamos até o hotel e passamos o final da tarde e noite até o horário da apresentação, que foi às 2h da manhã.

Na época nosso setup era um computador, uma placa de som e os fones. Por segurança acabamos levando duas placas, uma para a apresentação e a outra deixamos no hotel. Chegamos 20 minutos antes de começarmos e o Estevão perguntou ao técnico de som qual era a voltagem do local, que informou ser 110v, e a placa estava chaveada para 220v, pois estávamos usando nessa voltagem dias antes. Após chavear a placa para 110 e conectar a energia, uma fumaça branca começou a sair dela. A energia do local era 220v e não 110v como havia informado o técnico de som. A placa havia queimado faltando 10 minutos para começarmos – desespero! Teríamos de voltar ao hotel para buscar outra placa e isso iria nos atrasar.

O evento já não estava tão cheio. Saímos correndo buscar a outra placa e quando voltamos, 30 minutos depois, a pista estava vazia… Foi meio frustrante. Estávamos ansiosos pelo início e havíamos nos preparado muito. Aos poucos as pessoas foram voltando, mas acabamos tocando tensos e não aproveitamos bem a ocasião.

A música conecta.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024