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A música conecta

8 sublabels que romperam barreiras e se tornaram protagonistas da cena

Por Elena Beatriz em Notes 07.07.2025

Na indústria da música eletrônica, os sublabels sempre funcionaram como plataformas estratégicas para experimentação, segmentação e espaço para artistas que talvez não se encaixassem no perfil mais amplo do selo principal. Essas ramificações permitem que estilos sejam desdobrados, novos nomes sejam colocados na lupa e novas identidades sonoras sejam traçadas, muitas vezes antes que o mercado esteja 100% pronto para elas. 

Ao operar com mais liberdade para arriscar, testar e acertar, os sublabels têm um poder de experimentação que gravadoras maiores não conseguem alcançar e é assim que muitos deles acabam superando ou se equiparando o selo “mãe” em relevância artística ou cultural, pois têm a oportunidade de mostrar algo fora da caixa, permitindo que produtores possam explorar estilos poucos convencionais dentro das amarras do que é comercialmente viável, criando espaços para a liberdade criativa e acolhendo experimentos que combinam influências distintas. Neste sentido, os sublabels abrem caminhos para lançamentos que promovem renovação e diversidade musical, tornando possível o surgimento de novas tendências e até mesmo subgêneros.

Nos universos que englobam vertentes do House ao Techno, essa autonomia se traduziu em cenas inteiras que foram redefinidas por essas linhas paralelas. Na seleção abaixo, destacamos projetos que não apenas acompanharam transformações na pista ao decorrer dos anos, mas ajudaram a provocá-las e moldá-las. 

Classic Music Company

Selo-mãe: Defected Records

Criado por Luke Solomon e Derrick Carter nos anos 90, o selo possui destaque por unir a tradição do house de Chicago com uma estética lúdica, queer e vocal-heavy.

M_nus

Selo-mãe: Plus 8 Records

Lançado por Richie Hawtin no início dos anos 2000, o M_nus virou um ícone do Minimal Techno, sendo o espaço que consolidou artistas como Gaiser, Matador e o próprio Hawtin em sua fase mais conceitual.

Clone Jack for Daze

Selo-mãe: Clone Records

Sublabel da holandesa Clone dedicado ao Jackin’ House, com linhas de baixo marcantes e uso de sintetizadores que trazem uma atmosfera Acid às tracks. Já lançou artistas como Legowelt e Roman Flügel

Glitterbox

Selo-mãe: Defected Records

Criado para explorar a fusão entre Disco, House e Soul, o Glitterbox virou marca de festas, compilações e lançamentos com ênfase em vocais poderosos e energia nostálgica.

A State of Trance

Selo-mãe: Armada Music

A State of Trance, criado por Armin van Buuren, surgiu como extensão de um programa de rádio homônimo. Dedicado ao Trance melódico, com foco em arranjos progressivos e presença frequente de vocais, o selo ajudou a impulsionar a construção de uma sonoridade com atmosferas mais emocionais

Virgin Records

Selo-mãe: Universal Music 

Fundada nos anos 70 e incorporada pela Universal nos anos 2000, a Virgin engloba vertentes como House, Synthpop e Techno, com lançamentos que marcaram a cultura rave nos anos 90 até momentos mais direcionados para a música eletrônica mainstream

Truesoul

Selo-mãe: Drumcode

Fundado por Adam Beyer como contraponto à sonoridade mais pesada da Drumcode, o Truesoul oferece espaço para faixas com abordagem mais grooveada, deep e melódica, com enfoque em Melodic Techno e Indie Dance.

Lost Language

Selo-mãe: Hooj Choons

Fundado em 2000 como uma ramificação do selo britânico Hooj Choons, o Lost Language rapidamente se consolidou como uma referência nas cenas do House Progressivo e principalmente do Trance, contando com lançamentos de artistas como Tilt e Space Manoeuvres

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