A representatividade feminina na música eletrônica tem crescido significativamente nos últimos anos, mas ainda há um longo caminho a percorrer para equilibrar um cenário historicamente dominado por homens. E isso não se limita apenas à esfera da música eletrônica, mas sim da indústria musical no geral. Um relatório recente da Annenberg Inclusion Initiative da USC, publicado em janeiro, mostra que a presença feminina manteve os ganhos anteriores, com progressos positivos em 2024.
Dentro do nosso contexto, iniciativas que promovem espaços para mulheres nos lineups são essenciais para fortalecer e consolidar a presença feminina na cena. E é exatamente isso que o Cultive celebra em sua tradicional edição de março, dedicada exclusivamente às artistas mulheres. Realizada há 7 anos, a festa se consolidou como um marco no calendário do club, sempre trazendo lineups compostos exclusivamente por mulheres, reforçando o compromisso da marca de promover igualdade e visibilidade dentro da música eletrônica.
Nesta edição especial, que acontece sábado, dia 22, o destaque fica por conta da estreia de Giu, DJ e produtora carioca que já levou seu som a festivais como Tomorrowland Brasil, Lollapalooza e Só Track Boa, além de ter se apresentado no lendário Hï Ibiza a convite de Vintage Culture. Ela também é uma das pessoas à frente da festa e gravadora Clubinho, que tem promovido a cena underground do RJ. Como produtora, já assinou trabalhos expressivos com Delicious Recordings, HUB Records, House Of Hustle e Elevation.
Para completar o line-up, a pista do Cultive recebe também a residente KOSMA88, nome experiente que possui muita sensibilidade de pista e explora a música eletrônica desde 2006, e Gabi Monkeys, que faz sua estreia como DJ após anos sendo parte ativa da comunidade como frequentadora assídua da pista. Além da proposta musical, o evento contará com ativações especiais voltadas ao público feminino, incluindo welcome drink e make de pedraria, reforçando a filosofia acolhedora que o club sempre prezou. O Cultive segue apostando na construção de um cenário mais justo e plural, mas é preciso que mais iniciativas como essa se multipliquem para que a música eletrônica continue sendo um espaço saudável e inclusivo.
