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A música conecta

Alataj entrevista Adriatique

Por Alan Medeiros em Entrevistas 28.09.2018

Adrian Shala e Adrian Schweizer são os responsáveis por dar vida ao Adriatique, um dos projetos mais aclamados da cena house/techno nos últimos anos. Após uma década de união a dupla mantem um perfil criativo e destemido no que diz respeito a experimentação de sons voltados ao dance floor.

A chave para essa parceria de sucesso e duradoura reside na forma como os integrantes do projeto se complementam e respeitam as principais características e limitações de cada um. No que diz respeito ao perfil sonoro do projeto, algumas mudanças são notórias desde o surgimento do Adriatique em Zurique – o ano era 2008. Recentemente, a dupla se distanciou de um perfil mais voltado ao deep house para incorporar uma atmosfera mais techno, principalmente nos releases do seu label Siamese e na Afterlife, gravadora comandada pelos italianos do Tale Of Us.

O intenso processo de internacionalização que o projeto passou nos últimos anos também resultou em uma sequência de gigs no Brasil. Warung, D-EDGE, Tomorrowlad e DGTL São Paulo são algumas das festas que já receberam o Schweizer e Shala. Hoje eles retornam ao Brasil para escrever mais um capítulo dessa história no pistão do Warung Beach Club e assim como em Agosto do ano passado, com um slot de long set confirmado. Confira nosso bate-papo exclusivo com o duo:

Alataj: Olá, Adrian e Adrian! Como é bom falar com vocês. Esse ano o projeto Adriatique completa 10 anos, certo? O que essencialmente mudou no relacionamento entre vocês desde que foi decidido começar essa jornada?

Quase, Adrian e eu nos conhecemos em 2008, Adriatique nasceu um pouco depois. Bom, nós ficamos mais velhos e espero que um pouco mais sábios também. Obviamente, muitas coisas mudaram em nossas vidas pessoais e profissionais, mas a essência continua a mesma. Nos conhecemos através de algo que amamos fazer e isso não mudou nenhum pouco.

O processo criativo em dupla certamente é diferente do individual. Ao longo dos anos, como vocês tem buscado equilibrar as referências de cada um nos momentos de estúdio e discotecagem?

Nós fazemos ambos juntos, claro. Adrian passa mais tempo no estúdio e eu cuido mais da parte de promos e também demos. Mas cada decisão que tomamos é feita em conjunto – no geral é 50/50. Todo mundo tem suas tarefas, Adrian cuida da parte criativa e eu das responsabilidades do escritório. É mais do que o suficiente para duas pessoas.

Logo mais vocês retornam ao Warung Beach Club para uma noite especial – long set a vista. Como tem sido retornar ao Brasil regularmente para tocar no Warung e em outros clubs? O que vocês enxergam de mais emocionante em nosso público?

Nós sempre amamos voltar ao Brasil e ao Warung voltamos há alguns anos já. Há, definitivamente, uma conexão especial entre as pessoas, o clube e nós. Também nos sentimos mais confortáveis quando podemos tocar um set mais longo para guiar as pessoas em primeiro lugar e então tudo é possível. A última vez foi incrível, estamos esperando ansiosamente por sexta!

https://www.youtube.com/watch?v=ZWEPJGd2WJs

É nítido que vocês estão construindo um relacionamento diferenciado com a Afterlife, label gerenciado pelos rapazes do Tale Of Us. Na visão de vocês, quais são os elementos chaves dessa parceria?

Acho que sempre gostamos do que eles estão fazendo, em termos de visão. Tocamos algumas vezes juntos e começamos a trocar algumas ideias e uma coisa seguiu a outra. Muito naturalmente, nada forçado. Ficamos felizes que eles gostaram das coisas que nós tínhamos feito recentemente e então após um remix e um EP, nosso álbum de estreia será lançado em outubro na Afterlife.

Percebo que a medida com que o número de lançamentos da Siamese cresce, a identidade musical do selo evolui. Como tem sido a construção desse processo artístico? Quem tem auxiliado vocês nesse processo?

Muito bem colocado. Ainda estamos bem no começo dessa jornada e novembro marca o 9º lançamento da gravadora. É um playground artístico para nós e para as pessoas envolvidas. É divertido criar algo especialmente novo e futurista à sua maneira. Isso é o que pretendemos.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?

Uma parte muito importante na existência do mundo.

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