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A música conecta

A estreia dos romenos do Premiesku no Brasil. Falamos com eles!

Por Alan Medeiros em Entrevistas 04.01.2018

A união de três mentes que se juntam e formam uma ideia central através do improviso é algo bastante intrigante no universo da música eletrônica. Se discotecar b2b2b já é uma tarefa complicada, imagina só construir algo que faça pleno sentido através do improviso. Pois é exatamente essa a espinha dorsal do trio romeno Premiesku, que faz seu debut em terras brasileiras esse fim de semana.

O trio é o resultado da junção entre a dupla Livio & Roby com o produtor musical George G. Juntos, eles tem trabalhado em projetos construídos em hardwares montados sob medida para cada um deles, através de máquinas remontadas, desconstruídas e reformadas. Essa configuração absolutamente única é o ponto de partida para singularidade do projeto, um dos responsáveis por posicionar o som romeno em uma escala global.

A proposta musical do trio diz respeito ao cruzamento das inspirações vibrantes de cada um e resulta em um novo conceito minimalista dentro da música eletrônica relacionada a sons de pista. Livio, Roby e George são produtores capazes de criar algo com características avançadas, mas ainda assim com pressão de pista. É nesse ponto que reside uma das grandes armas do live act do Premiesku, já que os grooves e as batidas do trio entram no dance floor com força e colocam até os mais céticos com o estilo pra dançar.

A imagem pode conter: 3 pessoas, pessoas em pé

As referências são inegáveis: house music clássica e techno de Detroit. Esses dois estilos são constantemente alternados e desconstruídos na criação de músicas de sucesso do projeto, que ostenta lançamentos em selos como Vakant, Desolat e 2020 Vision. Esse fim de semana eles estreiam no Brasil com gigs no D-EDGE em São Paulo e no Warung em Itajaí. Antes disso, conversamos de forma exclusiva com o trio. Confira:

Alataj: Olá, meninos! Tudo bem? É um prazer falar com vocês. É notório o desenvolvimento de artistas da Romênia e do leste europeu nos últimos anos. De dentro pra fora, como vocês enxergam esse momento?

Premiesku: Nós achamos que há uma cena especial na Romênia, provavelmente devido ao seu som particular, porque o amor por esse gênero musical é forte e principalmente por causa das pessoas e das festas. Acredito que juntos construímos essa imagem completa. Estamos tentando ser imparciais neste pensamento e acreditamos que a cena de lá é única. Todos esses detalhes parecem se fundir em algum momento, oferecendo um produto muito especial.

Sempre fui muito curioso quanto ao processo criativo de duplas e trios de música eletrônica. Como isso funciona pra vocês? Cada um possui sua função ou as coisas fluem naturalmente?

No estúdio, temos setups diferentes que mudamos o tempo todo. Nós realmente não podemos bloquear o fluxo de trabalho em um setup, porque depois de um tempo se torna chato e eventualmente não é mais tão criativo. Quase todas as nossas músicas são criadas em diferentes live jams, onde todos estão fazendo coisas diferentes o tempo todo.

Parte dos equipamentos usados na construção do show do Premiesku é exclusivo e feito sob medida, certo? Qual exatamente o objetivo de vocês com isso?

Nós construímos algumas prateleiras feitas sob medida, que contém configurações separadas feitas de diferentes seleções de baterias eletrônicas, sintetizadores e módulos. Nosso conhecimento veio com as tentativas e erros. A tecnologia analógica é assim, às vezes o elemento surpresa nos deixa feliz e ao mesmo tempo nos dá um certo desafio, mas tudo são lições do dia-a-dia, que certamente também nos ajudam quando montamos nossas prateleiras.

Apollonia, Desolat, Vakant, 2020 Vision e All In. Como cada um desses selos contribuiu com a estética sonora do projeto? O que vocês tiram de melhor do aspecto humano desse relacionamento com labels?

Claro que temos boa relação com todos esses selos e as pessoas por trás deles, mas com relação aos lançamentos, podemos dizer claramente que a música nunca foi influenciada por um selo, sempre fazemos a música que sentimos e eles escolhem as músicas que eles gostam.

Muito se debate sobre a diferença de sons analógicos e digitais. Como vocês se posicionam em relação a isso?

Analógico tem o mojo e vibração, enquanto o digital tem a singularidade de texturas e também precisão. Ambos são necessários no nosso estúdio e no workflow ao vivo.

Essa semana vocês debutam no Brasil com o Premiesku. O que vocês esperam encontrar em nossas pistas? Como está expectativa?

Nós esperamos pessoas apaixonadas por música eletrônica e muita dança na pista. Sabemos que vamos tocar em dois clubs famosos no mundo, onde todos os grandes nomes já tocaram!

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em suas vidas?

George: Alegria da vida.

Livio: A música é o portão para o meu propósito. Isso sempre será a resposta!

A música conecta as pessoas! 

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