Durante a nossa vida temos a oportunidade de viver algumas experiências capazes de marcar nossa jornada pra sempre. No começo desse mês, vivemos um desses momentos a bordo do The Ark junto ao time da BURN para acompanhar a final do programa BURN Residency. Um pouco do que rolou na viagem você confere a seguir.
Se existe algo ruim em ter nossa base fixada em Itapema, uma pequena cidade do litoral catarinense, esse algo diz respeito ao cansaço das viagens. Praticamente qualquer lugar que nós viajamos exige uma conexão em São Paulo e conexão quase sempre é sinônimo de horas de espera.
Nossa rota rumo a Barcelona começou com uma viagem de uma hora de ônibus até Floripa. Por lá passamos a noite, já que nosso voo para São Paulo sairia bem cedo. De Floripa pra São Paulo mais uma hora de viagem, tempo suficiente para preparar algumas entrevistas que ficaram para trás ao longo da semana e terminar de responder uns e-mails no modo avião.
Chegamos em Guarulhos já com o mind set para encarar 5 horas de conexão. Paramos no Starbucks para tomar um café da manhã e por lá mesmo fiz uma reunião via chamada de vídeo que eu já tinha combinado previamente. Troca de terminal, responde e-mail, almoça, caminha pelo aeroporto e ainda faltam duas horas. Não foi fácil esperar, mas uma chegou…
Durante as quase 11 horas de voo até Barcelona procurei me manter ocupado com diferentes atividades, mas é muito tempo de viagem e a ansiedade perante a chegada no velho continente bateu forte, mal consegui dormir [risos]. Já em Barcelona, demorei quase duas horas para fazer o processo de imigração e assim que me liberei fui encontrar o time da BURN Brasil em um hotel próximo a Praça da Catalunya.
Por lá combinamos um horário de partida rumo ao porto e aproveitei alguams horas livres para conhecer o Camp Nou, estádio do Barcelona FC que fica localizado ali por perto. Fiz o tour com um pouco de pressa e retornei correndo para pegar o ônibus com o restante dos brasileiros rumo ao The Ark.
Chegando no porto, algum tempinho a mais de espera para o check in e finalmente estávamos dentro do cruzeiro que nos levaria para Séte, Ibiza e Palma de Mallorca – esse último destino já sem a presença da parte de media que estava acompanhando o cruzeiro.
Pausa para tomar um banho, dar uma breve cochilada, se arrumar e ir para o jantar. Mais um pouco de descanso e lá estávamos nós desbravando o Main Stage imponente do The Ark e principalmente o BURN Stage, pista que ficava localizada na parte mais alta do cruzeiro, acima até mesmo do terraço com as piscinas que abrigava o maior dos palcos.
Logo no começo da noite, uma bela surpresa. A DJ e produtora sueca MOLØ apresentou um belíssimo set, muito bem construído e mixado sob atmosferas progressivas no stage da BURN. Seu mix seria um warm up perfeito para a ótima apresentação de Nico Morano, um dos heróis do progressive house na Bélgica, que tocou no Main Stage logo após a passagem pouco inspirada de Miguel Campbell.
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Antes que a presentação do Morano acabasse, retornamos ao BURN Stage para acompanhar in loco o set do primeiro embaixador da BURN a se apresentar no The Ark: Luciano. O boss da Cadenza entregou uma mistura leve e surpreendente de house music que cativou aos que estavam presentes. Diferentemente de outros sets que já acompanhamos de Luciano, esse teve uma construção mais progressiva e menos uniforme, algo que foi muito interessante para o momento.
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Mirko Loko entrou na sequência transformando a atmosfera do evento em algo mais puxado para o techno. Acompanhamos os 30 minutos iniciais de seu set e então partimos para um merecido descanso, já que no outro dia desembarcaríamos em Séte, litoral da França.
Séte é uma cidadezinha absolutamente apaixonante e a vontade que tínhamos era de transformar as 6 horas disponíveis ali em 10 dias. Já que não foi possível, aproveitamos ao máximo a atmosfera do lugar para recarregar as energias, já que a tarde no The Ark prometia bastante: painel com os embaixadores globais da BURN + entrevistas one to one com Luciano e Loco Dice.
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Em uma parte do navio reservada para imprensa, Philipp Straub recebeu Nastia, Loco Dice e Luciano para um bate-papo de pouco mais de meia hora sobre branding, presença nas redes sociais e experiência de carreira. O papo foi interessante e proveitoso para os que estavam presentes e na sequência se deu o início das entrevistas individuais com os veículos credenciados.
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Nosso bate-papo com Luciano durou pouco mais de 10 minutos e foi bastante interessante. Falamos sobre sua história frente as pistas brasileiras, trabalho com a Cadenza, pressão psicológica de uma carreira artística, Ibiza e muito mais. O resultado da entrevista você confere ainda esse mês aqui no Alataj. Infelizmente, por incompatibilidade de agendas, nosso slot com Loco Dice foi cancelado.
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Logo em seguida participamos de um jantar exclusivo para imprensa e conversamos muito sobre a expectativaem torno da noite que se aproximava, quando finalmente seria anunciado o vencedor do BURN Residency 2018. Morttagua e os demais participantes compartilhavam uma atmosfera tranquila e alegre às vésperas de decisão.
De volta ao BURN Stage, acompanhamos o excelente warm up do DJ e produtor JUST2, co-autor do hit Up & Down. Misturando atmosferas minimalistas com um tech house mais classudo ele deixou o dance floor preparado para a entrada de Loco Dice. O frontman da Desolat chegou dominando e colocou a pista em movimento com bastante pressão no sound system. Seu estilo de som é bem voltado ao groove e as escolhas de faixas se mostraram acertada para a ocasião.
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Durante a apresentação de Loco Dice, a participante espanhola Anabel Sigel foi anunciada como vencedora do BURN Residency 2018, levando pra casa o prêmio de 100 mil euros e o contrato de 1 ano com uma das principais agências de management da Europa. Ela subiu no palco, acenou para pista, bateu fotos com Loco Dice e celebrou com os demais participantes na volta para o dance floor.
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Em seguida, Nastia assumiu os decks para dar números finais a noite. Com uma proposta de som mais cabeçuda e densa, a DJ ucraniana mudou o rumo da noite em direção ao techno e proporcionou o que foi, na nossa opinião, o melhor set do The Ark. Vale ressaltar que nessa mesma noite haviam outros dois stages acontecendo simultaneamente – um deles assinado por Nick Morano.
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5 de Setembro amanheceu e já era hora de se despedir do The Ark. Arrumamos as malas, preparamos o check out, conversamos brevemente com o mentor do programa Philipp Straub e o diretor da BURN no Brasil, Nonato Fernandes, e então partimos para um almoço no centro de Ibiza. Depois, algumas horinhas em Salinas para recuperar as energias queimadas no dance floor na noite anterior e retornamos para Ibiza Old Town para um tradicional programa de turista.
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Anoiteceu e antes de partir para o aeroporto, decidimos conhecer a tradicional Playa d’en Bossa, um dos epicentros mundiais da cena clubber. Ali encontram-se Ushuaia, Hi Ibiza e outros clubs importantes para a vida noturna da Ilha. Nomes como Carl Cox, Paul Oakenfold, Sasha, Erick Morillo e Danny Tenaglia desenvolveram suas carreiras de forma intensa em festas da região. Para quem ama música eletrônica, é praticamente impossível não sentir e se emocionar com o clima existente no local.
Do primeiro ao último dia, nossa experiência junto com o time da BURN no Brasil e na Europa foi extremamente especial. Recebemos uma oportunidade única de aprendizado e vivências que vamos guardar pra sempre em nossos corações. Se o prêmio do BURN Residency não veio para o Brasil nessa ocasião, fica o excelente legado deixado pelo competidor brasileiro e todo seu staff. É fundamental que grandes marcas olhem com carinho e respeito para a música eletrônica underground e nesse aspecto a participação da BURN tem sido histórica. Light it up!
A MÚSICA CONECTA.