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A música conecta

Special Series | DJ Tennis

Por Manoel Cirilo em Special Series 23.09.2019

Um dos nomes mais completos e interessantes da atual safra da música eletrônica mundial é de origem italiana e atende pela alcunha de DJ Tennis. Manfredi Romano, como é chamado pelos pais, tem uma trajetória profissional bem fora da curva se compararmos à maioria dos artistas que conhecemos e seu envolvimento com o universo musical começou muito antes de ele vestir a capa de DJ e produtor que sustenta elegantemente até hoje.

https://www.youtube.com/watch?v=LD5dph7ILmQ

Manfredi é formado em programação computacional, atividade que nunca exerceu, mas que contribui muito para sua familiarização com os decks e os softwares de engenharia musical. O primeiro contato que ele teve com a indústria da música aconteceu do início até meados dos anos 90, período em que gerenciava turnês de bandas de punk rock e também fazia organização de diferentes eventos musicais.

Depois de finalizar a graduação na Universidade de Pisa, Manfredi adormeceu sua relação com o contexto punk e fundou a DAZE em 1995, primeira agência de bookings da Itália dedicada exclusivamente a artistas de música eletrônica que se manteve em pleno funcionamento até 2010. Foi somente quando encerrou as atividades da DAZE, munido de quase duas décadas de experiência nos bastidores da indústria, que o artista resolveu mudar de lado e dar vida ao DJ Tennis.

No mesmo ano em que deu o start em sua carreira artística, DJ Tennis também deu vida à gravadora Life and Death, que hoje circula entre o hall das labels mais importantes ao redor do globo. O nome foi escolhido para simbolizar o resgate à vida de estilos musicais mais dançantes e compassados que estavam “mortos” pela predominância do minimal naquele momento. Essa mesma concepção continua ditando a identidade musical do selo e também do próprio DJ Tennis, que produz um som totalmente voltado às pistas.

Atualmente, DJ Tennis mantém sua base principal em Miami pela localização estratégica que o mantém próximo dos Estados Unidos e América do Sul, mercados nos quais tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, também pela saída facilitada para a Europa, onde mantém residência durante o verão. Dentro desse panorama, o Brasil tem se tornado um destino recorrente para o artista e suas passagens por aqui são sempre marcadas por sets consistentes em pistas de clubs como Warung, D-EDGE e Caos — onde cultiva ótima relação com Eli Iwasa.

Se não bastasse todo o extenso currículo de Manfredi em diferentes áreas de atuação ao longo dos anos, ele ainda é chef de cozinha e dono de restaurante, a cereja do bolo em sua identidade multitalentosa. Já o nome artístico não vem de sua habilidade como jogador semiprofissional de tênis, ele foi escolhido em homenagem ao clube de tênis em Sicília, onde costumava tocar em suas primeiras aventuras no comendas das pickups. Fechando sua primeira década de experiência como DJ, o artista segue a pleno vapor e ainda continuará a nos surpreender com suas façanhas.

A música conecta.

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