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A música conecta

Criatividade e autenticidade tornaram Vladimir Dubyshkin um artista fora da curva

Por Nicolle Prado em Storytelling 18.10.2023

A realidade nem sempre é satisfatória e querer fugir dela é, provavelmente, um desejo que já passou pela mente de cada um de nós. Nesses momentos, buscamos escapes que nos tragam o sentimento de completude, pertencimento e acolhimento e, a arte é uma das principais formas para atingirmos essas emoções. Neste sentido, a música tem um papel essencial, afinal, quem nunca se sentiu teletransportado a uma nova realidade por uma canção em um momento em que tudo que você pensava era fugir? Foi movido por essa sensação que Vladimir Dubyshkin iniciou sua trajetória musical.

Natural de Tambov, no interior da Rússia, o artista vivia quase isolado do mundo moderno, já que sua província se encontrava distantes de grandes cidades e havia pouco a se fazer por lá. Para se ocupar, expressar e criar uma nova realidade para si, Vladimir começou a se aventurar na música, explorando gêneros e elementos que resultaram em uma sonoridade atraente, baseada nas vertentes do Techno, mas com toques ácidos e experimentais. Rapidamente se destacou como DJ e produtor, já que sua identidade se diferenciava das demais. 

Mas, certamente, a virada de chave de sua carreira veio em 2015, com o seu álbum de estreia Tell Me Why It’s Always The Same, que ganhou reconhecimento de seus colegas e o fez entrar no radar de ninguém menos de Nina Kraviz , além de ser apontado como um expoente pela DJ Mag. No mesmo ano, já participava de compilações do selo трип de Kraviz e lançava seu EP solo Cheerful Pessimist

De lá para cá, seu status de relevância só se intensificou. Dubyshkin é apontado, cada vez mais, como um dos representantes da geração de produtores russos que exploram os confins do Techno, imprimindo sua visão e personalidade em cada detalhe e se permitindo explorar as mais variadas fantasias musicais. Isso se reforça ainda mais em seus recentes lançamentos pela label de Nina, os EPs Pornographic Novel, de 2018, que traz como temático o fenômeno pornográfico russo dos anos 90, mas ironizando-o através de combinações eficientes para as pistas de dança, construídas a partir de linhas de baixo com groove, samples vocais e cordas e, com The Botox Queen, o qual mais uma vez traz um assunto polêmico de forma sarcástica, relembrando o porque deste artística ser considerado um dos mais criativos da atualidade; desta vez, ele combina Techno, com influências do Trance, resultando em produções hipnóticas. 

Dito isso, fica claro que a oportunidade de vê-lo ao vivo parece impossível de ser recusada, já que em seus sets e performances, esse caráter dinâmico e inusitado marca presença em de forma absoluta. Requisitado pelos maiores palcos do mundo, Vladimir finalmente chega ao Brasil, para uma data única, em uma das principais pistas da nossa cena: D-EDGE, em São Paulo. O artista compõe o line-up da Nave, que acontece no dia 21 de outubro, junto a Anderson Noise, Andre Salata, Dans Frequency e Ray Mono. Mais informações e ingressos pelo link. 

Conecte-se com Vladimir Dubyshkin: Beatport | Instagram | SoundCloud

A música conecta.  

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