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A música conecta

Edu Schwartz: um filho do Warung a se conhecer

Quem frequentou o Warung Beach Club de forma recorrente na última década sabe que com o passar do tempo as experiências ali vividas transcendem o conceito de ir somente a uma festa. Sim, pode ser só isso, mas se a relação com o club for mais frequente, é inevitável que seu mindset comece a se metamorfosear. 

Além da energia indiscutível e de uma atmosfera transcendental (vide toda aquela decoração balinesa), há uma mística especial que percorre o espaço. Não é exagero dizer que alguns gêneros parecem ressoar de maneira ideal naquela estrutura de madeira, como o Progressive, o Deep e o Organic House. 

Para quem nasce com um ouvido mais avançado, essa percepção vai mais fundo, como no caso de Edu Schwartz. O produtor praticamente deu o start na sua trajetória musical ali, só que da pista, onde viveu muitos momentos. Toda a riqueza musical vivida fez com que ele criasse esse desejo de ir mais longe. 

“A primeira vez que fui ao Warung foi em 2005, a atração era Layo & Bushwacka. Nessa época eu tinha amigos mais velhos que já frequentavam eventos de música eletrônica. O Warung sempre foi uma referência para quem queria ouvir um som de qualidade, por ter uma “vibe indescritível”, não podia deixar de estar nas programações da turma. Das pistas até a cabine do club foi uma longa trajetória de amadurecimento musical, muita pesquisa. Foram sete anos frequentando o Warung até assumir o comando do Garden pela primeira vez, em 2012. O Warung nunca foi palco para novatos, esse período na espera de uma oportunidade foi essencial no meu desenvolvimento como artista, experiência é fundamental para construção de um bom set”, relembra Edu.

Além da carreira de DJ e produtor que trouxeram a ele assinaturas com gravadoras como The Purr, Particles, Roaming Lives, Cigarrete Music, Key Found e a própria Warung Recordings — onde ele retorna —, ele é co-fundador, ao lado de AWKA, da Words Not Enough, gravadora focada na disseminação de sons do Organic House e Downtempo.

Sem dúvidas, os melhores sets que já escutei foram no Warung, principalmente as noites de Progressive House, que fizeram com que eu me conectasse mais com o estilo. Sendo um apreciador de warm ups, meu momento favorito de tocar, o Organic House veio naturalmente para mim, é música para tocar e aquecer o coração”.

Agora, seu mais recente projeto é a faixa Turning and Flowing, que vem acompanhada de dois remixes. Pautada em linhas orgânicas, magistrais e atmosféricas do Organic House, ela é adornada pelos vocais mágicos de Tamara Jokic, que nos guia por um passeio sublime guiado por percussões leves. A faixa também é acompanhada com duas interpretações: uma versão mais dub pelo duo Stranger Tourists e uma segunda proposta, mais dançante, assinada por Greg Ochman

Ao escutar a faixa é possível perceber o background criado dentro do famoso club catarinense. Um som mágico que ressoa perfeitamente com o Warung, só esperando para ser tocado. Contemple: 

A música conecta.

A MÚSICA CONECTA 2012 2025