Localizado em Porto Belo, o El Fortin começou sua jornada em prol da música eletrônica e cultura de pista em 2006. Naquela época, que parece mais distante do que realmente está, eles já traziam a premissa “sem rótulos, sem preconceito, apenas amor e boa música”, mantra que se mantém vivo até hoje e que, mais do que nunca, é imprescindível.
Com uma versatilidade visível entre o complexo que abarca três pistas de personalidade particular, a curadoria sempre buscou trazer dinamismo sonoro para escrever sua história. Se para alguns é importante se manter focado em algo específico, ali o papo sempre foi outro: educar a pista trazendo estímulos diversos para que as pessoas possam experimentar e se lapidar. E claro, dar oportunidade para os artistas emergentes, nomes nacionais e também internacionais.
A pista mais imponente leva o nome de Main Stage, o que já nos responde muita coisa, sonoridades que atingem um maior público com G-House, Nu Disco e Techno do Brasil. Nomes como Amine Edge & Dance, Victor Ruiz, Boris Brejcha e Vintage Culture passaram algumas vezes por ali e fizeram história. O instigante Black Tarj traz uma faceta que já não se vê mais com tanta frequência por aí, mas que no El Fortin segue firme até hoje: Trance e sua filosofia, além de progressivo e outros gêneros do High BPM.

E a Origins, que fecha a tríade com uma versão mais conceitual, low bpm com House e Techno em estéticas mais avançadas, mas já entregou experiências sublimes em formato chill out. Equilíbrio, como eles mesmos falam, é a palavra de orientação para escrever esta história de longa data e que já cruzou gerações e claro, trabalho consistente que já os colocou no terceiro lugar como melhor club do país e o vigésimo sexto do mundo pela DJ Mag. Também pudera, o cuidado que seus idealizadores tem é visível, o espaço é uma metamorfose ambulante e muitas reformas já rolaram para sempre receber seu público da melhor maneira.

Mas, como em toda grande história, adversidades também se fizeram presentes no processo. A maior de todas pegou a todos de surpresa e, assim como todos os clubs, o El Fortin também teve que fechar as portas e mudar os planos. A sorte, tanto para eles, quanto para nós que amamos nos aglomerar para dançar, é que a máxima dos ciclos se faz real para tudo e uma nova fase está se materializando por lá.
O verão vem aí e a expectativa do público está alta para esse reencontro com um local que facilmente se transforma em segunda casa para os clubbers. Mesmo carinhosamente batizado de trevas pelo público, a gente sabe que no fundo, no fundo, a energia que guia artistas e clubbers é o amor à música e à celebração.
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A música conecta.