Você já ouviu falar dos clubs “pop-up”? O termo, que se refere a festas temporárias em espaços incomuns, delineia bem o que tornou a kubik uma experiência almejada pelos DJs e público da dance music. Mas não só isso, com mais de 15 anos de história, a marca dançante criada em Berlim é uma verdadeira instalação de arte clubber, flexível como um jogo de peças de Lego e imersiva como pede a música eletrônica. Seu ethos, como anunciado, é simples: oferecer uma experiência estética, cultural e audiovisual única através de uma instalação artística itinerante.
Essa experiência não tem muito uma promessa de rolar todo ano em todos os lugares, o que a torna ainda mais atraente — você não quer deixar para depois. Mais de 30 cidades pelo mundo foram anfitriãs da estrutura neon-tech poderosa da kubik, entre elas: Paris, Hamburgo, Lisboa e Milão, além das brasileiríssimas São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. A vinda do projeto ao nosso país, inclusive, teve ignição quando um dos atuais sócios da edição brasileira surpreendeu-se definitivamente com a edição de Barcelona. O resto foi história: a Heineken cuidou de nutrir o embrião e possibilitar a realização da kubik por aqui, do começo até hoje.
Os mais de 160 grandes tanques de água da kubik trazem uma qualidade modulável para o evento, que pode rolar tanto ao ar livre quanto em espaços fechados, a exemplo do Teatro Mars, local escolhido para o evento em São Paulo, em 2016. As luzes foram pensadas para seguir os beats da música, o que acaba deixando de lado aquele sentimento de distanciamento que temos com a tecnologia de tempos em tempos. Pelo contrário, a natureza extra-sensorial do projeto permite que o dançante seja provocado a sentir-se, ele mesmo, parte da obra; não é que você simplesmente passe pelos cubos, é que as luzes (principalmente a cor verde, que traz uma vibe alien e tornou-se A cor da kubik) interagem com você e redefinem a imersão.
Tal estrutura se espalha por todas as áreas do rolê, da cabine discotecária e paredes aos bares e corredores, e a pegada aberta da construção faz toda a diferença: a produtora Balestra Berlin, guiada por Silvana de Hillerin (idealizadora da kubik) sugere layouts diferentes para cada edição. No caso do Brasil, o formato apelidado de “Big Bang” gerou uma estatura monumental para a festa, como um templo tecnológico com quadriláteros homéricos expandidos pelo espaço.
Um aspecto importante da kubik é a sua não-exclusividade curatorial. Ao desembarcar em uma cidade, é certo de que a cena local será difundida. Por exemplo, aqui no Brasil, foram feitas parcerias com os núcleos Capslock, Gop Tun, Inner, ODD, Mamba Negra, Laguna e Radiola. Nomes como Eli Iwasa, Gabe, Blancah, Tessuto, Cashu, Carol Mattos e DJ Marky comandaram as narrativas musicais, e a promessa de entrega para as próximas edições é de ainda mais diversidade e mais esforços em tópicos como sustentabilidade.
Agora que estamos de volta às atividades noturnas nesse mundo pós-vacina, a kubik anunciou seu retorno ao Brasil. Nove datas foram confirmadas para o mês de novembro e dezembro, com a novidade de edição extra de brasilidades em São Paulo. A segunda capital novamente selecionada para receber o rolê é Curitiba. Quem quer curtir a atmosfera minimalista e musical das instalações da kubik já pode se cadastrar para a pré-venda, neste link. Welcome back, kubik!
A música conecta.