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A música conecta

Seas Label e o crescimento da abordagem multicult na música eletrônica underground

Já diria o velho ditado popular: mar calmo nunca fez bom marinheiro. Em uma busca por novos desafios e acompanhando as tendências e novas prerrogativas do mercado, a Seas Label, irá adentrar novos e maiores mares. Isso porque a label de Santa Catarina, famosa por suas festas de música eletrônica, está se preparando para materializar o Seas Festival. O evento em questão acontecerá no dia 16 de julho, no Surreal Park, um ecossistema multicultural que se tornará o solo ideal para germinar a nova ideia. 

No refresh da programação do evento, haverá moda, arte e grandes nomes que vão da MPB ao Pop, do Hip-hop ao House e ao Techno, em um movimento que convida diferentes nichos para interagirem em um mesmo espaço. A mentalidade de promover eventos multiculturais não é uma novidade na história dos eventos, na verdade, sempre que pensamos em grandes festivais, essa configuração já se faz presente, minimamente nos estímulos artísticos que vão da música ao visual. Mas, é de fato uma onda que vem se aproximando gradativamente da esfera “música eletrônica underground” e que convida o movimento para evoluir gradativamente, frente às demandas sociais.

Se antes éramos e precisávamos ser nichados e até mesmo “ocultados” pela sociedade, agora, nem tanto. Com o crescimento exponencial do estilo musical, do consumo de festas e festivais, do processo de coletivização de movimentos independentes e da junção entre Pop e underground, através de incontáveis colaborações e produções entre artistas nos últimos anos, inserir a música de pista num cenário mais democrático, se tornou algo palpável. 

Um crescimento legítimo, já que promove evolução do próprio movimento, que já respira uma pluralidade musical maior em seu cerne e um almejado respeito entre as diferenças estilísticas que podem sim, conversar em um mesmo espaço, até mesmo em um mesmo set, se o artista assim desejar. Além disso, crescer e agregar é especialmente saudável quando diz respeito a levar conhecimento musical para as pessoas, transcendendo o nicho e gerando mais cultura ao povo local. E aqui, nem precisamos nos aprofundar no quesito “desconstrução de preconceitos” que movimentos agregadores assim podem gerar.

A idealização do evento no espaço, marca a convergência de dois momentos marcantes no passado. A Seas já havia realizado uma edição no espaço que hoje pertence a Renato Ratier. Na festa em questão, o empresário, que também é artista, figurava no line up e se encantou com o espaço, que tempos depois daria vida ao Surreal. Para a trupe da Seas, o momento é ainda mais marcante, a festa volta metamorfoseada, após quase três anos de um hiato indigesto marcado pela pandemia, trazendo um desejo antigo de agregar diferentes estilos sonoros, algo que já dava os primeiros sinais vitais nas edições passadas, com pistas de hip-hop e até abordagens jazzísticas ao lado de um pistão fervoroso.

A expectativa é colocar cinco mil pessoas para interagirem no complexo multidisciplinar de Ratier, entre palcos temáticos e estilos musicais variados. Entre os destaques da música eletrônica internacional, a crew dará as boas-vindas a Sidney Charles e Rafa Barrios; nomes de amplo espectro como a cantora Marina Sena, que representa a força feminina na programação e o rapper Jean Tassy. Integrando o line up, Danee, Dbeat, Haustuff, Hig Thao, Knines, Kobbaia, Küste, Less, Marc, Marcos Deon, Nezello, Samoldshit, Smooth n’ Dizzy, Thariel, Ziembik, entre outros, totalizam mais de 25 atrações deste grande evento.

Completando a paleta, exposições de arte e fotografia vão adornar as pistas do Surreal, além de desfiles de moda pelas marcas Cavalera, Ratier, The Edge, Ton Rover, Dust, Alph e mais: flash tattoo, gastronomia e experiência gamer.

Os ingressos estão à venda através do Sympla neste link.

A música conecta.

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