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A música conecta

Warung Recordings: uma década do catálogo que é um dos pilares da e-music nacional

Por Mia Lunis em Storytelling 09.02.2023

Se você procurar o significado da palavra Warung, vai se deparar com as traduções da língua bahasa ou balinesa, que significa “pequeno restaurante” ou “casa”. Por aí já começamos a entender parte da história do Warung Recordings. Indo um pouco mais além para exemplificar o sucesso da label, pense em uma matrioska, aquelas bonecas russas que são colocadas umas dentro das outras. O Warung é isso, uma casa que abriga outros projetos de sucesso, um dentro do outro, como uma caixa de surpresas infinitas.

Em 2012, um desses projetos veio à tona, para a alegria do público que já frequentava o Warung Beach Club. A label veio do desejo de lançar músicas que tinham a vibe do club e criou muito mais do que isso. Fundado por Ricardo Albuquerque, Leo Janeiro e Gustavo Rassi, o selo já contemplou mais de 60 lançamentos bem sucedidos, que corroboram parcerias frutíferas com curadores, artistas, designers, distribuidores e imprensa, uma estrutura com vigas bem assentes no chão, como toda casa ou warung precisa ter. 

A curadoria é como a decoração da casa e precisa estar em harmonia com o que acontece dentro do espaço, refletindo também o lado de fora, ou seja, a cena eletrônica e como ela se transforma ao longo dos anos. Fazem parte da história do Warung Recordings nomes como Sébastien Léger, Hernán Cattáneo, L_cio, Toto Chiavetta, Raxon, Seed Selector, Facundo Mohrr, Albuquerque, Marco Resmann e Kolombo. Sobre o processo de curadoria, os fundadores falam: 

“Os artistas que lançam no selo do Warung são os mesmos que compõem os line ups do club ou irão compor em um futuro breve. Existe uma curadoria no sentido de gosto musical que acaba ficando a 6 mãos, ou melhor, ouvidos, eu diria. Tentamos unir faixas originais que transmitam a vibe do Templo, remixes que possam somar musicalmente ou até que despertem a curiosidade no público. É possível um artista que nunca tocou no Warung e até não é muito conhecido lançar no selo? Sim, mas necessariamente precisa ser um lançamento extremamente diferenciado e, se possível, aliado a um remix de peso.”

São 10 anos de trajetória e é seguro dizer que a label se faz um pilar importante nas possibilidades da música eletrônica brasileira. E tal como a matrioska, segue se abrindo para novas etapas, como é o caso da sub-label Solitude. Curada pelo DJ e produtor Seed Selector, sempre de portas abertas e recebendo muito bem artistas e público, a label nos entrega um vislumbre para 2023: 

“Queremos lançar com mais frequência, mas isso depende muito do reinvestimento de capital. Lançar música de qualidade é nosso principal foco e consequentemente queremos sempre ter as melhores músicas no catálogo, mas isso leva tempo. São 10 anos de selo e sinto que hoje, graças ao trabalho do Leo, do Rassi, do Bruno e meu, nós crescemos a cada ano, envolvemos pessoas incríveis no projeto. Hoje, temos a Gabi que nos ajuda muito também na parte administrativa e a equipe segue aumentando, o ideal é crescer gradativamente de forma sólida.”

Entre em casa, arraste os móveis da sala e dê o play no catálogo do Warung Recordings. Se quiser, pode começar pelo novo lançamento da icônica DJ e produtora alemã Magdalena. Opia EP contém 4 faixas poderosas, mesclando os fortes beats do Techno, elementos do Indie Dance e o groove melódico do House. 

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