Brisotti ficou conhecido no Brasil e no mundo por conta de seus releases na Solid Grooves por onde lançou Chill Bill, e na Hellbent, onde assinou Tripasia ao lado de Cloonee, mas esses trabalhos eram apenas a ponta do iceberg de um artista que mostraria sua evolução nos anos seguintes. Suas produções então passaram a acumular suportes recorrentes de Jamie Jones, Michael Bibi, Chris Lake, Loco Dice e várias outras estrelas internacionais, e com o tempo ele provou que era um artista completo, demonstrando técnica na mixagem, uma pesquisa diferenciada e uma energia fora do comum em cima dos palcos.
Mais do que um produtor de mão cheia, Brisotti se destacou em vários clubs e festivais ao redor do mundo, sempre apoiando sua pesquisa em torno do house e suas vertentes, com tracks que abraçam desde produtores mais consolidados, como também apoiam a nova geração de talentos do Brasil, o que apenas reforça o crescimento da qualidade artística do nosso país. “A safra de produtores brasileiros está absurda. Mais de 50% dos meus sets são de brazucas. Seria impossível citar todos aqui, mas alguns que com certeza estão em todos meus sets são: Crewcutz, Marian, Nocapz, Pedroz, Abbud, Balanka e Panna. Também estou gostando muito de explorar um pouco de algumas sonoridades mais fechadas em alguns momentos do set, de artistas como Rendher e Wheats.” Alguns destes nomes, inclusive, estão presentes no set que ele upou recentemente no seu YouTube, em sua última passagem pelo Park Art.
Porém, independente do tempo que passe, algumas coisas não mudam. Uma delas é a admiração de Brisotti pelo trabalho do DJ e produtor britânico Detlef, que desde o início da sua carreira sempre foi um nome mantido como uma grande referência. Detlef é dono da faixa Swagon, que rodou as pistas de dança do mundo quando lançada em 2017 pela Repopulate Mars; nessa época, Brisotti nem tinha iniciado na música, mas já acompanhava a ascensão do artista. “Eu não entendia nada de vertentes musicais, um dia estava em uma festa e escutei a ‘Swagon’, pirei muito naquele som, e comecei a pesquisar sonoridades parecidas. Então pode se dizer que o Detlef foi o primeiro tech house que escutei. Em seguida conheci a ‘Jaydee’, aquela música foi minha referência de som por muito tempo. Desde lá sempre admirei muito o Detlef.”
E como a vida sempre dá um jeito de surpreender, Brisotti não poderia ter recebido uma notícia melhor que essa: Detlef ficou interessado em remixar sua track Chroma quando apresentada pela equipe da Moan, gravadora que é uma das principais da atualidade dentro de gêneros como o minimal e o deep tech no Beatport, e que já lançou nomes de peso como Dennis Cruz, Late Replies, Hector Couto e Darius Syrossian. Com as devidas conexões feitas, o EP Chroma ganhou vida no último dia 07, trazendo além do remix de Detlef, uma segunda faixa original de Brisotti, Boompa.
“Eu fiquei extremamente feliz quando soube que ele queria fazer o remix, foi como uma conquista pessoal bem grande. Me amarrei em fazer esse EP, ele me permitiu mostrar uma das minhas faces musicais um pouco mais introspectiva. A Boompa é uma das minhas faixas favoritas de escutar. É um EP onde trabalhei muito as texturas das faixas, conseguindo criar uma espécie de atmosfera única. Fiquei muito satisfeito com o resultado”, finaliza.
Firmando seu nome cada vez mais na cena nacional e internacional e se mantendo constantemente em movimento através das turnês, Brisotti passou recentemente por países como Itália, Peru, Uruguai, Argentina e Equador, tocou no Brunch Electronik, Navio Só Track Boa, Park Art e Laroc, e ainda neste mês de junho tem alguns compromissos importantes como Só Track Boa Festival no dia 14, Classic Winter dia 15, Evva dia 21 e Budah Tech no dia 22. Aos que forem marcar presença no Tomorrowland Brasil, em outubro, também terão a chance de vê-lo em um b2b super especial com Viot. Estaremos acompanhando o que virá pela frente.
Chroma está disponível no Beatport, Spotify e demais plataformas digitais.
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