Skip to content
A música conecta

Troally 416 | CyberKills

Por Marllon Eduardo Gauche em Troally 19.11.2025

CyberKills é a síntese de um movimento que nasceu nos quartos, ganhou corpo na internet e hoje ocupa pistas pelo Brasil inteiro com um som que não pede licença. Formado pelos produtores GDZ (PB) e RKills (SP), o duo surgiu em 2018 como uma parceria despretensiosa entre dois amigos que compartilhavam referências, inquietações e uma mesma admiração pela cultura pop e eletrônica. Primeiro produziram à distância — um em João Pessoa, outro em São Paulo — até que a conexão criativa se transformou em projeto, identidade e linguagem.

Ao longo de sete anos, o CyberKills se tornou um nome essencial na cena alternativa brasileira. O duo encontrou no cruzamento entre funk, eletrônica de alta energia, distorção, barulho calculado e estética queer a base de uma assinatura sonora particular. Essa personalidade rendeu colaborações com algumas das figuras mais influentes da música pop nacional — Pabllo Vittar, Jup do Bairro, Gloria Groove, Linn da Quebrada, Urias, Jaloo e tantas outras — além de produções que já ultrapassam 30 milhões de streams e turnês por mais de 40 cidades.

A dupla também se consolidou como parte do avanço da música eletrônica de rua em São Paulo, fortalecendo uma cena que, nos últimos anos, empurrou os limites entre o que é festa, ocupação e performance. Foi nesse contexto que CyberKills encontrou o espaço ideal para sua estética: suja, acelerada, experimental, profundamente conectada à cultura queer brasileira e influenciada pela lógica do funk como força eletrônica nacional. Sua trajetória inclui performances ao lado de ARCA, Charli XCX, Slayyyter, Alice Glass, Allie X e Dorian Electra — artistas que compartilham esse espírito disruptivo e expansivo.

Para a Troally 416, CyberKills entrega um set que captura essa energia no estado bruto: acelerado, visceral, feito de camadas distorcidas, texturas experimentais e pulsos que remetem a uma pista quente, densa, tomada pela euforia coletiva. É um registro que condensa a estética que o duo lapidou ao longo dos anos — um som que nasce da necessidade de romper padrões, ocupar espaços e fazer da música um território de liberdade.

A MÚSICA CONECTA 2012 2025