Nascida em Cabo Verde (na costa noroeste da África) e criada no Vale da Amoreira, na periferia de Lisboa, em Portugal, Nídia conquista o seu crescimento musical partindo dos mais variados gêneros. Muito conectada aos estilos ligados à sua herança racial, a influência do kuduro, kizomba e taraxxo, somados a gêneros como Afrobeats, house e techno despontaram Nídia com firmeza, maturidade e potencial inquestionáveis.
Aos 14 anos ela se mudou para a França e foi quando começou a explorar o universo da produção e experimental musical — isso sob o alias de Nídia Minaj, em homenagem a Nicki Minaj, sua rapper preferida. Em Bordeaux, Nídia fazia parte de um grupo feminino de kuduro chamado Kaninas Squad, formado por mulheres que produziam faixas e dançavam. Posteriormente, Nídia montou seu próprio estúdio, o Estúdio da Mana. Inclusive, antes de completar 18 anos, Nídia já apresentava consistência suficiente para se destacar e conquistar seu espaço na cena. Para você ter a real dimensão do que está sendo pontuado aqui, aos 17 anos, Nídia estava remixando oficialmente a nossa grandíssima Elza Soares.
E ela não parou… assinou com a Príncipe Discos (importante selo português), Rhythm Section International, Pearson Sound, Phantasy Sound, integrou compilado da Warp Records e a lista se estende. Na minha opinião, a melhor forma de compreender a vastidão e profundidade do trabalho da africana é escutando os seus álbuns. Ainda como Nídia Minaj ela lançou Danger em 2015, dois anos depois já sob o homônimo lançou Nídia é Má, Nídia é Fudida que a catapultou de vez e em 2020, Não Fales Nela Que a Mentes.
Muito além de produtora e remixer, Nídia é também uma excelente DJ. Ela já soma apresentações importantes como no Sonar Lisboa, mas também por importantes cidades da rota musical e cultural americana como Nova Iorque e Los Angeles. Com uma mente tão inventiva, aos 26 anos Nídia já é uma artista expressiva e que vale a atenção e destaque.
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A música conecta.