Após décadas de música eletrônica em Ibiza, alguém ainda acreditaria em uma festa capaz de entregar algo despretensioso, divertido, fora dos clichês e realmente ousado dentro de um ambiente de respeito e integração? Sim! A Glitterbox está aí para provar isso e se consolidar como uma das melhores opções da ilha espanhola em 2017.
Após uma temporada de sucesso na Space Ibiza, Simon Dunmore – head da festa – optou por manter-se no mesmo local, agora com nome de HÏ, para uma nova jornada. Simon desafia as tendências de um dos principais epicentros da música eletrônica, que desde 2015 tem fornecido cada vez mais espaço ao techno, e apresenta uma noite focada em house, disco e boogie.
A autenticidade é uma das chaves do sucesso musical da festa. Dimitri From Paris e Basement Jaxx podem ser considerados dois dos principais símbolos da residência no HÏ, já que possuem uma linha de discotecagem que flerta com a linguagem que a Glitter prega e encabeçam a lista de artistas que a festa tem apresentado. Além deles, nomes como Louie Vega, David Morales, Todd Terry, Aeroplane, Joey Negro, Purple Disco Machine, Honey Dijon e Masters At Work confirmam porque musicalmente a Glitterbox é tão interessante.
A ótima curadoria da festa se repete no selo Glitterbox, iniciativa que tem contribuído com o avanço da marca a nível global. O label tem planos com nomes fortes da indústria, entre eles Aeroplane, Dimitri From Paris, Superlover e Purple Disco Machine. O último EP traz o talento francês em ascensão de Folamour em três faixas originais que moldam ainda mais a forte indentidade da festa.
https://www.youtube.com/watch?v=wxv-gwlH0pY
Os excelentes resultados atribuídos tanto a festa como a gravadora devem ser compartilhados com Glyn Fussell, consultor de branding da Glitterbox. Foi ele que colocou o público no epicentro da festa e ajudou a criar um espaço que defende a liberdade e é receptivo a todas as cores, gêneros, idades e orientações sexuais. “Glitterbox é uma sobrecarga sensorial de todas as experiências clubbers que já tive na minha vida” confessa Glyn.
House e techno são eternos e sempre será um erro dizer que um ou outro está “indo” ou “voltando”. Mas a sensação que temos é que a Glitterbox tem contribuído de forma eficiente com a proliferação da real house music na ilha em uma época onde as festas estão predominantemente dominadas por medalhões do techno ou abordagens musicais mais comerciais. Pouco se pode dizer sobre o futuro da Glitterbox temporada após temporada, mas há uma grande certeza até aqui: se a cena house/disco possui uma casa em Ibiza, ela está coberta de glitter nesse momento.
A música conecta as pessoas!