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A música conecta

Heroes | Leo Janeiro e o Rio de Janeiro

Por Alan Medeiros em Heroes 07.05.2018

Alguns DJs possuem a capacidade de criar uma relação fora dos padrões com a cena de uma determinada cidade. No caso do carioca Leo Janeiro, que leva parte de seu berço até no nome, essa relação se intensifica desde o começo de sua carreira e ganha contornos especiais com o carinho que Leo trata o cenário musical no Rio e a forma como o público da cidade retribui.

As primeiras experiências musicais de Januca na cidade foram os bailes do suburbio: “Eram um pouco longe de casa, mas sempre curti pois ali estava a musica que eu gostava” comenta Leo. A época foi fundamental para formação do seu background musical. Em Madureira, berço do samba carioca, Janeiro bebeu da fonte do que há de mais genuíno na cultura musical da cidade. A maioria do público curtia tanto o samba quanto a black music e essa mistura de influências também o pegou de jeito.

A paixão pela discotecagem não demorou para aparecer. Leo Janeiro teve seu primeiro contato com o vinil em 1994, sobre esse período ele nos conta: “Era algo novo, mas eu amava ver o DJ escolhendo o vinil e mixando, depois que entendi como funcionava não tive dúvida que era isso o que deveria fazer”. O começo, assim como para maioria, não foi fácil. Os amigos foram responsáveis por dar um up no start da carreira e isso turbinou o que mais tarde viria a se tornar profissão.

https://www.facebook.com/leo.janeiro/videos/1720869201302762/

Paralelamente a discotecagem, Leo também se envolveu com os bastidores da música no Rio de Janeiro. Segundo ele, com o tempo você acaba conhecendo muita gente e por ir trabalhando em conjunto, acaba fazendo amizades que resultam em novas oportunidades de trabalho. Por essa e por outras, Leo passou a ser um nome decisivo no desenvolvimento da cena eletrônica da Cidade Maravilhosa, não somente por seu trabalho frente aos decks, mas também por toda ajuda nos demais tópicos: “Hoje é ate engraçado, algumas vezes amigos ligam perguntando o que acho sobre determinado assunto, eu tento ajudar pois gostaria que fizessem o mesmo por mim.” ele finaliza sobre o assunto.

Com tamanha proximidade frente a tudo o que estava rolando no Rio de Janeiro, Leo desenvolveu uma grande proximidade com as principais ações da cidade. O começo da carreira foi um período de grande diversidade musical, com várias festas e públicos diferentes, não era uma escolha tão fácil decidir um caminho a seguir.

No começo de 2014, Leo participou da gravação do primeiro Boiler Room na cidade maravilhosa, um fim de tarde, segundo ele próprio, perfeito no Morro do Vidigal. Ano após ano, novas oportunidades surgiram fora da cidade e Leo passou a focar nisso, mas sem deixar de lado seu amor pelo Rio – Januca virou um representante da cidade pelas principais pistas do país. “Sempre é bacana chegar em alguma cidade e por conta do meu sotaque notarem que sou carioca é até fácil de notar.”

Esse orgulho e otimismo se repete quando o atual momento da cena eletrônica da cidade está em voga: “Muita coisa bacana acontecendo, novas festas, novos DJs, novos lugares… gosto disso e tento ajudar na medida do possivel”. Leo Janeiro é curador do BRMC e residente dos gigantes Warung e Beehive. Além disso, recentemente, ele comandou a primeira compilação Cocada, uma parceria entre BRMC e Get Physical que visa dar mais espaço aos produtores brasileiros.

O futuro segue se apresentando promissor: Leo acaba de finalizar seu home studio e já projeta um álbum com participações. Há também a intenção de trabalhar novas ideias, que anteriormente não pareciam tão maduras, mas hoje começam a tomar forma. Há algum tempo Leo Janeiro tem colaborado conosco aqui no Alataj e essa relação ganha mais um capítulo especial no próximo dia 19: Leo Janeiro toca em nosso aniversário de 6 anos no Warung Beach Club, celebrando conosco um dos dias mais importantes da nossa história.

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