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A música conecta

non-blasé – A Katy Ann Gilmore combina arte e matemática de uma maneira impressionante

Por Georgia Kirilov em Non-Blasé 19.01.2016

Katy Ann Gilmore é uma artista de LA que combina matemática e arte de forma graciosa e criativa. Eu achei seu trabalho pelo Instagram (sim, as mídias sociais continuam dando suas bênçãos) e passeei pelo seu feed por no mínimo 3 horas antes de contacta-la para uma entrevista. Ela respondeu de forma rápida e calorosa, como somente alguém de LA responderia, e me cativou ainda mais. Ela é calma, prática e vê formas aonde a maioria de nós só vê linhas. Chequem o Insta dela para ver os vídeos dela desenhando, é simplesmente absurdo. O trabalho dela dá uma sensação 3D para meios artísticos em 2D e 4D (realmente parece que você está sentindo o ar das montanhas quando você vê suas esculturas) em médios 3D.

1- Katy, como você desenvolveu essa técnica? Sempre foi seu estilo ou foi um processo de evolução?

Eu sempre fui muito interessada em matemática e gráficos sempre foi uma inclinação natural minha. Eu sempre fui muito influenciada por um curso de geometria que fiz durante meu diploma de matemática. Demorou um tempo para eu conseguir combinar naturalmente meu interesse tanto em arte quanto em matemática sem sentir que criei algo forçado. Nesses últimos anos foquei muito na relação entre superfícies 2D e formas 3D, então isso é uma maneira que eu encontrei de desenvolver esses conceitos por meio de desenhos. Eu acho que a simplicidade e a repetição é algo que eu realmente gosto e que é, de certa forma, uma continuação de outros trabalhos em 3D no passado. De certa forma, desenhar em um gráfico triangular é mais natural para mim do que desenhar “normalmente.”

2- Eu vi sua escultura “The Shape of Air” (O formato do ar) com alumínio e algodão e achei simplesmente fantástico ver seus desenhos trazidos em escultura, você gosta de misturar materiais e expressar seu estilo de diferentes maneiras? Como esse processo funciona?

Eu me interesso mais por conceitos do que por materiais. Eu fiz uma grande maioria de trabalhos em 3D durante minha pós e no ano e meio depois de me formar, me foquei em desenhos. Eu não estava desenhando muito na época que fiz a “The Shape of Air”, em 2012. Eu comecei a desenhar em gráficos de uma maneira mais focada um pouco antes, mas não tinha realmente desenvolvido nenhum conceito dentro daquilo. É realmente interessante ver as conexões entre os meus trabalhos nos anos que já se passaram e como conceitos parecidos com o que eu fiz em esculturas estão se demonstrando novamente nos meus desenhos. Eu não acho que eu jamais me contentaria em trabalhar com somente um material, eu sou muito mais influenciada por ideias do que por médios artísticos específicos. Desenhar está indo bem por enquanto.

3- Eu vejo muitas pessoas de grande talentos desistindo porque viver como um artista é difícil e demora para ser reconhecido, você sempre sonhou em ser artista? Como foi a jornada até chegar aonde você está? Teve um momento específico no qual você percebeu que era realmente isso?

Eu sempre fiz coisas. Eu não consigo lembrar de um tempo aonde eu não estivesse trabalhando em um projeto. Enquanto eu crescia, eu sempre amei desenhar, construir, fazer, etc. Perto do ensino médio, porém, a realidade chega e as pessoas começam a te perguntar o que você quer fazer para uma carreira. Eu sempre meio que sonhei e esperei que eu pudesse só continuar a “fazer coisas” como uma carreira, mas eu sou amaldiçoada pela praticidade e fui empurrada a fazer algo um pouco mais “realista.” Eu estudei em uma faculdade de artes liberais (nos Estados Unidos as faculdades funcionam de maneira diferente e uma faculdade de artes liberais te dá mais liberdade de juntar diversas áreas de conhecimento no seu currículo de aprendizado – para explicar de forma bem básica), mas depois de me formar, eu realmente não estava com cabeça para começar a trabalhar. Minha pós foi um ótimo período para me organizar. Eu me demiti de um trabalho das 9 às 5 na metade de 2014 depois de terminar minha pós para dar uma respirada. No processo de procura para outro trabalho de escritório parecido (de novo, amaldiçoada pela praticidade), eu decidi tentar algo e vender alguns desenhos usando o Insta como um médio para expandir o alcance do meu trabalho. Eu realmente tenho que agradecer o Instagram pelas diversas oportunidades de dividir materiais visuais. Nós vivemos em uma era aonde tantas pessoas fazem tanta coisa, mas ainda temos o benefício da mídia social para poder ser reconhecido pelo seu trabalho. Em Fevereiro do ano passado eu criei certos objetivos, trabalhei em melhorar o conteúdo do meu Insta e ver o que pessoas bem sucedidas estavam fazendo. Eu ainda estou no processo de me tocar que “é isso mesmo”, mas eu sou muito mais feliz me esforçando para construir uma carreira em arte do que eu jamais seria em outra área.

4- Você escuta música enquanto você cria sua arte? Se sim, quais são seus artistas preferidos?

Com certeza! No momento estou escutando muito James Blake, Polica, CVRCHES, Purity Ring e Banks.

5- Aonde você se vê daqui 10 anos? Quais são seus planos para o futuro?

Eu adoraria estar fazendo mais murais e arte pública. E, em geral, eu espero que eu tenha progredido e desenvolvido ideias – que eu ainda esteja “fazendo coisas” legais.

Site oficial da Katy

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