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A música conecta

E agora Space?

Por Alan Medeiros em Notícias 14.06.2013

Em Outubro de 2011 foi apresentado em um evento no Parador Beach Club o projeto que envolvia a primeira franquia da Space nas Américas. Super consolidada no mercado europeu, a casa escolhia a região mais expoente do Brasil na música eletrônica, um mercado em expansão com grandes oportunidades a algumas ameaças.

Os investidores sabiam que teriam que enfrentar grandes concorrentes em qualquer que fosse o ramo de atuação que eles escolhessem, a final Warung e Green Valley já são realidades aqui a mais de anos nas cenas underground e mainstream respectivamente. Quem mora na região de Balneário Camboriú sabe que o mercado é uma mina de ouro porém já estava saturado, era necessário fazer algo novo para que se ganhasse destaque.

O publico se empolgou com o projeto mas uma sucessão de erros durante a construção da casa já davam indícios que tinha algo errado acontecendo e que o padrão de qualidade da franquia não estava se repetindo. Pouco se falou sobre o projeto durante muito tempo, quase caindo no esquecimento. Com o anúncio quase inacreditável que a data de abertura da casa seria mantido (O atraso nas obras era evidente) o público voltou a se animar, uma festa com um line-up espetacular foi divulgado, com as 3 pistas do club abertas e o ícone Carl Cox como headline o público voltou a se animar. A venda antecipada correspondeu as expectativas e na noite de abertura problemas voltaram a acontecer, as obras de acesso ao club não estavam prontas, somadas as chuvas de verão o que se viu foi muitas filas e dificuldades para chegar no club, dentro da casa obras inacabadas, muita poeira e poças d’água mancharam o espetáculo.

Era de se entender as dificuldades de um primeiro evento e um ambiente nunca antes trabalhado por profissionais, o tira teima ficou então para o Ibizza Calling onde aconteceu a gravação do DVD do trio Life is a Loop e a para a noite do dia 5 de Janeiro com Bob Sinclair e HNQO. Aí foi a vez dos problemas operacionais aparecerem, mais uma vez dificuldade de chegar ao club por conta de um desvio inexplicável que foi organizado onde a fila se misturava com o trânsito que dava acesso ao Green Valley e algumas horas de espera na retirada de ingressos e listas por um sistema totalmente instável, somado a isso total desorganização nas filas de bilheteria que se confundiam com as filas de entrada e pouco espaço físico para tanta gente, causara um caos. Era fato, após 3 festas a imagem da tão respeitada melhor balada do mundo estava machada, no dia 19 Tujamo e Felix da Housecat não conseguiram levar grande público ao club, perdendo e feio para uma apresentação considerada estranha de Villalobos no GV.

No Clossing Summer, Space e GV duelavam com Avicii e Hardwell mais uma vez a Space sofreu com vários problemas. Avicii chegou apenas as 5 da manhã, horário em que acaba o alvará em Balneário Camboriú, duas horas mais cedos do que em Camboriú, cidade da Green Valley. Fez um set curto e de quebra a casa sofreu com a invasão da polícia para tirar o publico por conta do horário estendido.

No carnaval, onde os números de público novamente voltaram a ser bons, e o sistema de listas novamente voltou a cair, causando indignação. Então veio o feriado de páscoa onde a festa que tinha como grande atração Sebjak não conseguiu levar público deixando a pista com inúmeros buracos.

O futuro da Space é um mistério, a página da Space BC não existe mais no facebook, a placa com a logo ja foi retirada e o espaço está completamente abandonado. E agora Space, um club com tamanho investimento não vai resistir nem ao seu primeiro verão?

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