Orgânico. Essa é a única palavra que vem em mente quando tento descrever como a Alter Disco tomou forma e continua se desenvolvendo. O coletivo é baseado em Curitiba e é formado por 4 amigos: Barbara Boeing, Claudio Rotunno, Felipe Muller e Marcelo De Senna. O grupo se conhece há anos e já passaram por diversas fases juntos, entre elas até uma banda de rock, tendo sempre como denominador comum o bom gosto e as referências musicais abrangentes, que vão do house e disco, até o rock e indie, até bossa nova e jazz.
O coletivo se tornou um business, com venda de ingressos e patrocinadores, há cerca de um ano e meio atrás. Nesse final de semana, eles comemoram seus 5 anos de união e muita música boa, relembrando o início da ideia Alter Disco e tudo que os levaram para esse momento do presente. Amanhã (20) Max Graef faz sua primeira aparição em solos tupiniquins na festa dos amigos que, mesmo recebendo, hoje em dia, mais de 200 pessoas facilmente, nunca deixou de ser exatamente isso: uma festa para amigos. Um lugar aonde pessoas de diferentes classes, opiniões, identidades e opções sexuais, se encontram na mesma pista, dançando sons que são difíceis de se encontrar em outro lugar da cidade e até do Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=jXkO5Vw2gdM&t=1s
Labuzinski, Akufen, Selvagem, Palms Trax e Noema são só alguns dos nomes que o coletivo trouxe, o motivo maior sempre sendo o que os quatro gostariam de ouvir e a vontade de dividir com o local o que do mundo é precioso para a Alter Disco. Sonoridade é algo pessoal e a sensação de entrar na cabeça de alguém quando se recebe uma música é conhecida pela grande maioria das pessoas. Essa sensação de intimidade toma proporções astronômicas a medida que o coletivo se desenvolve e aumenta seu alcance, com live streams que reúnem mais de 500 pessoas de uma vez só em certos momentos.
O Alter Disco é um daqueles raros casos aonde a essência persiste e resiste, aonde ninguém lucra e o amor pela música é o que move os 4 criadores (e todos os seus diversos amigos que apoiam o projeto de maneira direta no backstage) para continuar e explorar novos horizontes. Mal podemos esperar para ver o que os próximos 5 anos lhes reservam. Vida longa aos coletivos independentes, a música conecta as pessoas!
