Dubfire, original do Irã, mas cidadão dos Estados Unidos, é um daqueles talentos raros que conseguiu consagrar seu nome tanto no mainstream – até Grammy ele ganhou – como no mundo underground e percorrer por entre as camadas do tempo com a sutileza de um mestre de artes marciais – não é a toa que ele é tão fã de Sakê – que sabe a hora certa de atacar e se guardar. Sua ética de trabalho e determinação, fizeram com que sua carreira de mais de 10 anos continue com ar de novidade e surpresa para todos que interagem com seus sons. Ele, que é um dos queridinhos das pistas brasileiras, agora se prepara para uma tour no Brasil com direito a 5 datas em 5 cidades e 3 estados diferentes.
As cidades escolhidas são: São Paulo para a festa D-SIDE do D-EDGE no Club Esperia, Maresias no Parador, São Bento do Sul para o Chakra Club, Itajaí para o Warung e no Paraná para a Fiesta de Disfraces. É de fato interessante ver essas cidades comparadas com o resto da lista de eventos para o mês de outubro, lugares como Cidade do México, Ibiza, Amsterdam, Moscou e Istanbul, contra cidades pequenas como Maresias e São Bento do Sul. Percebe-se aí um fenômeno fantástico acontecendo na cena nacional: a descentralização da cena clubber que tende a se fixar no meio urbano, mas atinge expressões singulares quando dada mais espaço e contato com a natureza, veja o Chakra Club por exemplo que cada vez mais eleva o nível dos seus line ups e no dia 13 traz não só Dubfire, mas também o frontman do D-EDGE, Renato Ratier, para o seu palco.
A vantagem de se acompanhar a cena clubber hoje em dia é que sua história começou a ser escrita não faz tanto tempo, dependendo do seu ponto de partida fica em média 40 anos, então temos a sorte de conviver, na atualidade, com nomes que mudaram a história da música eletrônica, e Ali Dubfire é sem dúvida um desses. A música conecta as pessoas!