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A música conecta

Precisamos conversar sobre automação de curtidas no Instagram

Por Alan Medeiros em Polêmica 07.07.2016

Não é de hoje que as redes sociais se tornaram o maior trunfo para DJs e produtores divulgarem o seu trabalho e com o avanço das mesmas somado ao constante crescimento do número de profissionais buscando um lugar ao sol no mercado, passou a ser importante – ou praticamente uma obsessão – ter um número considerável de seguidores. Para conquistar isso os artistas recorreram a agências focadas em social media para o universo musical e profissionais especializados, que por suas vezes acabaram optando por métodos não tão legais para o crescimento da base de fãs no mundo web.

Criada por Kevin Systrom e Mike Krieger, o Instagram foi lançado em 2010 e rapidamente conquistou popularidade ao redor do globo. Em 2012, mais de 100 milhões de usuários já faziam uso da plataforma regularmente. Com números tão expressivos, não demorou para que Mark Zuckerberg a comprasse em abril do mesmo ano, por cerca de 1 bihão de dólares em dinheiro e ações.

O que surgiu como uma rede para compartilhamento de fotos de maneira instantânea entre um grupo de pessoas selecionadas a dedo, logo se tornou uma máquina para a publicidade. Esse poder foi ganhando força em diferentes áreas, até chegar na música eletrônica. Em um momento atual onde o público consume tanta informação diariamente, o talento por vezes é tão desvalorizado e hypes se criam do dia para a noite, o Instagram passou a ser uma arma poderosa e perigosa, para formação de super stars dentro da cena.

Desesperados em busca de audiência a qualquer custo, alguns artistas partiram em busca de uma forma que possibilitasse que seus números se tornassem maior de maneira rápida. Eis que surge a automação de curtidas para o Instagram. Utilizada por muitos e odiada por alguns, a função começou a se popularizar entre DJs e produtores nacionais em meados de 2014. Os pioneiros na função conseguiram alcançar resultados satisfatórios, além de boa impressão, já que as curtidas de perfis artísticos a contas comuns eram novidade na época.

Com a popularização da ferramenta e principalmente a má aplicação dela, tudo virou uma verdadeira bagunça. Artistas curtindo publicações de 80 semanas atrás, likes automáticos em 20 fotos de um vez só e contas com o triplo de “seguindo” do que “seguidores”. Agências e profissionais decididamente perderam a mão e banalizaram uma das principais características da rede social criada em 2010, a instantaneidade.

Como em todas as outras plataformas, a linha entre uma ação eficiente para grandes massas e o spam é muito tênue e somente com inteligência é possível fugir da mesmice. Artistas em geral possuem uma capacidade gigantesca para geração de conteúdo e todo esse material pode ser usado de forma positiva nas rede sociais. Explorar esse potencial é o caminho mais correto para que se construa uma conta com engajamento dentro do Instagram. A automação de curtidas nada mais é que uma mentira, que está incomodando aos que já perceberam como essa ferramenta funciona. Chegou a hora de sermos criativos para conquistar o público de maneira eficiente, oferecendo conteúdo e fugindo dos tão odiados spams.

A música conecta as pessoas!

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