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A música conecta

A Thousand chegou com tudo e nós fomos entrevistar a mente por trás dela.

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Por Alan Medeiros em Entrevistas 17.03.2015

No começo desse ano, uma nova label chamou atenção do mercado a anunciar seu lançamento com um VA que trazia artistas como Marcelo V.O.R, Tapesh, Gorkiz e Drunky Daniels. Lucas Arr, figura consolidada no cenário nacional é o nome por trás do projeto, que busca se consolidar no mercado nacional e internacional. Convidamos Lucas para a edição 142 do Alaplay Podcast e aproveitamos para bater um papo sobre negócios com ele, se liga aí que o bate papo ficou maneiro.


1 – Em sua bio, você diz que ARTE é a palavra mais próxima de definir sua personalidade. Como foi o seu primeiro contato com ela?

Na infância sempre fui curioso, e essa curiosidade era direcionada as diversas coisas artística que eu via durante meu dia a dia, desde no maternal da escola, até em minha casa nos dias de hoje. Um simples cartão dos dias das mães já me deixava feliz em poder fazer-lo. Mexer com as cores, pode inventar, poder fazer do jeito que eu quisesse, me fazia sentir bem, e é claro, a parte da bagunça que não podemos deixar de fora. (risos)
Inventar era uma das minhas coisas favoritas. Quando na adolescência cheguei a fazer um projeto de Dj’s com um amigo, que na verdade, de Dj’s não tinhamos nada, apenas gostávamos de manipular imagens, desenhar logos, tirar fotos, copiar grandes artistas da época, “fingir”que éramos um projeto musical, quando na verdade, parecíamos mais uma dupla de designers.

2 – Antes de abrir sua própria label, você lançou por selos importantes, King Street Sound (Nova York), CUFF (França) e Frucht (Alemanha) são alguns dele. Como é essa experiência de trabalhar com gravadoras de renome mundial?

É difícil chegar a esse ponto, mas digo para todos, não é impossível. Trabalhar com gravadoras desse porte só me fez e ainda me faz ser mais cauteloso na minha profissão. Posso dizer que isso foi o que me deu e ainda me da toda a experiência necessária para viver dentro dessa cena. Tento sempre andar na linha certa, corrigir os erros que cometi e trabalhar duro para sobressair no ponto onde eu foco. Além disso, as pessoas começam a exigir mais de você, exigir mais talento, mais habilidade, mais músicas que estejam no mesmo nível das que foram produzidas para essas labels, e até mesmo mais imagem, seja o modo que escreve, a sua linguagem e até no que você veste.

3 – Por que você decidiu fundar a Thousand? Qual a importância de ter um nome do calibre de Tapesh logo no primeiro lançamento?

Decidi fundar a Thousand por um simples motivo: Qualidade musical. Meu primeiro pensamento sobre abrir uma gravadora foi… “Tenho que abrir uma label, mas uma label que faça a diferença no Brasil.” No momento estou lançando coisas diferentes, músicas dançantes e até mesmo mais experimentais, tudo baseado na minha personalidade, sem perder o foco. Hoje podemos afirmar que no Brasil temos diversas gravadoras de diversos estilos, mas poucas que realmente fazem a diferença. Vemos antigas e boas gravadoras se reerguendo, muitas novas já chegando com tudo, e outras que nem tinham nome se destacando em diversos sites de vendas e até mesmo com “bigs artists”. Lançar Tapesh foi incrível, ainda mais por ser um collab, fiquei grato pelos créditos que pude ter através desse lançamento, e posso afirmar, a Thousand veio pra ficar, e ficar com os grandes!

4 – Depois da grande crise do mercado fonográfico por conta da pirataria em massa, surgiu uma alternativa muito promissora, que é a venda apenas do digital. De lá pra cá essa área teve alguns autos e baixos mas segue crescendo. Como você enxerga o futuro das vendas online?

Creio que as vendas online só tendem a crescer. Um exemplo é esse novo lançamento da Piooner, a XDJ 1000, que aceita e lê a mídia somente via USB. A evolução (ou podemos chamar de revolução) do mercado foi rápida, conforme a digitalização e a modernização dos arquivos e equipamentos musicais, podemos ver com os nossos próprios olhos que o futuro chegou e infelizmente (ou felizmente) temos que nos adaptar. Ah.. e quem sabe talvez um dia tocaremos músicas via “stream” online, sem precisar baixa-las e armazena-las em “cartões”.

5 – Para encerrar, queremos saber quais novidades estão guardadas a sete chaves para a Thousand em 2015. Valeu pela entrevista e o set. Grande abraço de toda equipe Alataj.

Temos vários lançamentos programados. No momento estamos tendo um release por semana, um número difícil de organizar logo no início de uma label, mas com trabalho chegaremos lá. Já os segredos, não temos muitos. Algumas novidades são que, lançaremos Dj Mau Mau, Leo Janeiro, Darocha, Nytron, entre outros brasileiros. Já os gringos e “grandes”, preferimos deixar em off, surpresas não são ruins. (risos)

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