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A música conecta

Alataj entrevista Nezello

Por Alan Medeiros em Entrevistas 06.02.2019

Para alguns artistas, trabalhar com música não é exatamente uma escolha. Isso por quê ela simplesmente transcende qualquer questão que envolva a decisão de um determinado life style e ao invés disso ela impõe, se posiciona e se transforma em uma parte de sua vida como braço e pernas são parte do seu corpo. Está ali, não tem como tirar.

Com Nezello foi assim, desde o momento que ele se sentiu tocado pela dance music, se iniciou uma longa jornada em busca do autoconhecimento através da música. Passando por diferentes momentos, Higor viveu experiências intensas guiado pela música eletrônica e nos últimos anos teve uma notável evolução enquanto artista e pessoa, abrindo mão de muitas coisas em prol de seu maior sonho: ser reconhecido enquanto DJ e produtor.

No bate-papo a seguir, Nezello fala sobre o sucesso da edição de 2 anos da Seas, desafios para conciliar seu lado empresário frente as marcas TURN e Legend, e claro, resoluções para 2019. Confira:

Alataj: Oi, Nezello! Tudo bem? Em Dezembro a Seas completou dois anos de vida com uma espécie de mini festival em Balneário Camboriú. Como foi produzir esse evento e os resultados obtidos podem representar para 2019?

Olá Alataj, por agora tudo se encaminhando pra que seja um ano incrível! A Seas 2 anos foi um marco para nós e acredito que também para a região sul. Conseguimos entregar o que tanto sonhávamos desde o começo do projeto. Pessoas queridas envolvidas do começo ao fim e após duas temporadas conseguimos  enxergar que além de amigos, nos tornamos juntos em grandes profissionais para
entregar nosso primeiro Festival Cultural de Balneário Camboriú, trabalhando moda, música e arte. Ainda estamos colhendo os feedbacks que vieram de todos os lados para aprimorarmos cada detalhe daqui pra frente.

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e barba

Você me parece um cara de muita sorte por ter tido o apoio da família em diferentes frentes da sua vida, não é mesmo? Quão decisivo eles foram para o desenvolvimento de sua carreira artística?

Sabe aquela frase clichê que: “família é tudo”? Sim, é tudo isso e muito mais! Até perceberem que realmente cada caminho que seguimos é o que amamos, sempre há a preocupação de estar fazendo
uma boa escolha para a vida. Porém, quando a família inteira vê que você está no caminho certo e te apoia fielmente em tudo, a sua responsabilidade de mostrar e principalmente de chegar ao seu melhor desempenho se multiplicam por eles. Tudo flui.

Quais foram os principais desafios em relação ao trabalho com a Seas durante seu intercâmbio para Austrália? Foi possível se manter conectado com a marca mesmo estando do outro lado do planeta?

Foi a etapa mais difícil até aqui e também a que mais me fez crescer em relação ao projeto. Virei noites e noites para acompanhar o fuso e estive a mais de 16.000km sentindo-me conectado aos amigos que estavam por aqui fazendo acontecer, compartilhando informações, reuniões, etc… até nos momentos difíceis foi gratificante, poder confiar, receber confiança e ainda ver que mesmo de longe somos uma família que faz acontecer sempre por trás do que a Seas representa. Rolou até facetime com a turma durante algumas horas [risos].

Como está sendo projetado o ano de 2019 para Seas? A tendência é que os eventos aumentem de tamanho ou grandes festas como a de Dezembro seguirão como uma exceção no calendário?

Posso dizer que todo projeto tem sua evolução constante de crescimento e que todos, inclusive o staff, estão se surpreendendo com cada ideia e lugar aonde a Seas pretende atracar nesse 2019. Antecipo que teremos experiências novas durante todo o ano…

Como você tem organizado atualmente a sua rotina profissional? Sabemos que você também tem um trabalho muito intenso ligado a moda… então, como é possível conciliar tudo?

Turn e Legend, como em todos os demais anos nessa época de verão, necessitam uma atenção maior. É um período aonde direciono mais tempo e empenho nelas, porém nunca deixo a música parar dentro de mim e em objetivos/projetos que se iniciam sempre pós réveillon. Não me considero uma pessoa que faz bem essa conciliação de tudo, muitas vezes me pego afoito por não estar conseguindo dar conta do recado. Por isso, mantenho uma tabela de horários com regras para dormir, comer e destinar a cada área. Isso tem me feito concluir mais etapas do que o previsto inicialmente.

Quais são seus grandes objetivos e resoluções para 2019? O que podemos esperar do Nezello na pista e no estúdio?

Concluir projetos que se iniciaram há alguns anos e começar a expor tudo que tenho feito. Além disso “perder” essa barreira de receio sobre o que pensarão e expor o que vivi e senti nesse tempo através das minhas músicas. Para pista, quero manter a mesma energia que tenho desde que comecei. Isso é algo que só aumenta e quero que as pessoas sintam isso quando estiverem em contato comigo. No estúdio, estarei mais internado que nunca em novos projetos e dessa vez somando com artistas que acredito serem inspiração e amigos de longa data.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Muitas pessoas não notam, mas deveriam parar e perceber como a música se posiciona como o núcleo de tudo na vida atuando em todas as nossas atitudes, reações, pensamentos e principalmente moldando nossa personalidade.

Com ela, podemos solucionar ou ao menos minimizar muitos problemas, porvezes até nos dando uma direção para situações difíceis. O quão a música é importante na minha vida se resume exatamente na minha vida, é isso.

A música conecta.

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