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A música conecta

Alataj entrevista Robag Wruhme

Por Alan Medeiros em Entrevistas 04.10.2018

Robagh Wruhme é um veterano na arte de fazer as pessoas dançarem e sorrirem no dance floor. Este simpático senhor alemão se tornou famoso por seus releases junto a Kompakt e Pampa Records, esta última gravadora, comandada pelo seu grande parceiro DJ Koze. Assim como outros grandes artistas da cena, a música de Robag não fala sobre house ou techno, electro ou minimal especificamente: tudo está muito mais conectado na qualidade, antes de qualquer coisa.

https://www.youtube.com/watch?v=h_wiWx9voEg

1997 foi ano em que sua vida mudou radicalmente com a escolha de seguir uma carreira na música. Por mais de uma década, Gabor Schablizki (seu nome de batismo) foi conhecido como metade dos Wighnomy Brothers, projeto colaborativo que alcançou considerável sucesso até meados de 2010, quando Gabor decidiu por números finais para guiar seu projeto solo. A mudança sonora foi drástica, já que desde então, Robag Wruhme trabalha em uma estética delicada, serena e marcada pela classe.

+ Coluna Case com a Pampa Records

Recentemente ele lançou um novo EP intitulado Wuzzelbud FF. O release ganhou a luz do dia através da Hart & Tief e atualmente representa bem o seu perfil sonoro. Ao longo de 9 faixas inéditas, Robag Wruhme explora com destreza elementos do ambient, techno, experimental e eletrônica. Aproveitamos o lançamento do disco para um bate-papo exclusivo com o seu criador. Confira abaixo:

Alataj: Olá, Gabor! Tudo bem? Obrigado por nos atender. De 1997, seu ano de estreia na música, até aqui, já se passaram mais de 20 anos. Como você descreveria essa jornada para os seus amigos de infância?

A jornada tem sido interessante e me deixou de mente aberta. Felizmente, não acabou e isso me torna muito feliz.

Wighnomy Brothers representa uma parte importante de sua história musical, certo? Quais foram os grandes aprendizados que você obteve trabalhando com esse projeto?

Quando algo termina, o recomeço é difícil, mas também é de grande valor.

Kompakt, Musik Krause e Pampa são alguns dos selos que você já colaborou. Na sua opinião, o que há de mais valioso nesse relacionamento entre artista e gravadora?

A coisa mais valiosa nesse relacionamento é o vínculo pessoal criado entre o artista e o selo; nos conhecemos e temos laços pessoais. Se esse vínculo não existe, não estou interessado em lançar músicas lá.

Como você tem se relacionado com o calendário de viagens e gigs que todo DJ de sucesso internacional como você precisa enfrentar em algum momento? Te agrada essa solidão temporária imposta pelas turnês?

Questões sobre existência aparecem a todo momento e são desafiadoras. A mistura de solidão com a meia idade é intensa. Além disso, não gosto de viajar, acho chato. No entanto, quando chego ao destino ou volto para casa, tudo volta a ficar bem novamente. Os cientistas deveriam finalmente inventar o teletransporte.

Você acaba de lançar um novo álbum, certo? Sob quais atmosferas sonoras você está atuando nesse novo release?

Wuzzelbud FF é a continuação do meu debut álbum como Robag, Wuzzelbud KK, em 2004. O novo lançamento é parecido com a estrutura deste primeiro e mostra que eu gosto do horário de pico na pista de dança.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Ao lado da minha família, música significa tudo: minha linguagem, minha casa e meu trabalho.

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