Skip to content
A música conecta

Alataj entrevista Rodriguez Jr.

Por Alan Medeiros em Entrevistas 16.09.2019

Conteúdo powered by BURN Energy

Rodriguez Jr. talvez seja para muitos um artista que dispensa apresentações, mas por toda sua grandiosidade e importância na indústria, nós fazemos questão de apresentar uma breve introdução. Olivier Mateu, seu nome de batismo, teve a música presente em sua vida desde a infância e cresceu ouvindo projetos e artistas como Depeche Mode, Kraftwerk, Carl Craig e Derrick May. Conquistou relativamente cedo um contrato para lançar na F-Communications, label comandada por Laurent Garnier, que acabou o levando para uma turnê ao seu lado. 

Hoje ele possui uma lista extensa de releases por labels renomadas como Mobilee Records, Parquet Recordings, Defected, Natura Viva, Toolroom, Watergate Records e mais recentemente voltou a figurar no casting da Anjunadeep. Além destes lançamentos que ajudaram Rodriguez Jr. a consagrar-se no cenário internacional, sem com um tom bastante criativo e inovador, o artista também se destacar por suas performances no formato live que, sem exagero, tiram o fôlego da pista em muitas ocasiões.

Desde 2015, ele tem mantido um contato bem próximo com o Brasil, marcando passagem por aqui todos os anos, mas em 2019, apenas uma tour pela Argentina estava prevista, e foi graças ao esforço da equipe da Levels que o francês pôde manter sua presença anual por aqui, oportunidade que marcou também seu retorno à festa gaúcha após quase três anos de sua estreia.

A entrevista chegou em cima da hora e não foi possível publicá-la de forma antecipada ao evento, mas não poderíamos deixar de lado esse bate-papo com um artista que tanto admiramos. Com vocês, Rodriguez Jr.:

Alataj: Olá, Rodriguez! Tudo bem? É um prazer falar com você. Bom, muita gente conhece seu nome na cena eletrônica, mas quem é Rodriguez Jr. fora dela? Como é sua rotina longe dos palcos?

Rodriguez Jr.: Olá! Estou ótimo, obrigado! É um prazer para mim também. Quando estou fora dos palcos, a rotina é, principalmente, tentar descansar, relaxar e aproveitar a vida que tenho em Paris. A música sempre faz parte da minha vida, seja em turnê ou não. Se não estou tocando, estou produzindo novas faixas/remixes ou escutando discos. Na última vez que estive no Brasil, comprei muitos discos de música brasileira. Depois de todos esses anos, eu finalmente percebi que Rodriguez Jr. é um cara muito legal e eu gosto de ser ele na maioria das vezes. 🙂

Você já esteve no Brasil algumas vezes, algo em especial chamou sua atenção em nossas pistas? Você tem acompanhado algum artista brasileiro ou admira algo que seja genuinamente nosso?

Existe uma energia em relação à dance music no Brasil que você não vê em todos os lugares, um entusiasmo que flui e leva você pela noite até de manhã. Acompanho muitos artistas brasileiros e alguns deles se tornaram amigos que admiro profundamente, como Gui Boratto, Renato Ratier, Leo Janeiro, entre outros.

Em 2016, você criou a trilha sonora perfeita para um pôr do sol inesquecível na pista da Levels, muitos elencam essa apresentação como uma das mais marcantes até hoje na história da festa, você sabia?

Uau, eu não sabia disso! Me deixa muito feliz, vou tentar subir o nível nessa próxima festa.

Suas apresentações sempre deixam o público com uma expectativa bem alta, acredito que muito por sua versatilidade em cima do palco graças ao seu setup para o live act. Como é para você? Ainda existe uma ansiedade antes das gigs?

Sempre há o estresse por possíveis problemas técnicos, mas a empolgação de criar e compartilhar um momento único com o público sempre se sobressai.

E o que você busca de fazer para que cada apresentação seja única e diferente das anteriores? Além de colocar toda sua emoção e coração, existe algum outro ‘segredo’?

Você realmente deu a resposta da pergunta, é exatamente isso, o segredo é colocar toda a sua emoção e coração no que está fazendo.

Rodriguez Jr. @Levels 2019 — BURN Residency Showcase

Você se intitula como um perfeccionista, certo? Isso funciona tanto para suas produções como para sua performance em cima dos palcos? Não pode ser um pouco perigoso às vezes?

Sou mais perfeccionista no estúdio do que no palco, pois há mais urgência em entregar uma apresentação e não me dou ao luxo de me estressar com cada som individual. No estúdio é diferente e pode ser perigoso passar muito tempo em uma coisa só, você corre o risco de perder a essência do que você está tentando fazer. Tento melhorar meu fluxo de trabalho e meu manager ajuda estabelecendo alguns prazos. Prazos sempre ajudam.

Recentemente fomos presenteados com um lançamento pela Anjunadeep, onde até então você havia participado apenas com um remix. Na minha visão, é um selo que combina muito bem com seu estilo… O que te inspirou para a produção dessas duas faixas originais? Num geral, de onde vêm suas ideias?

Em geral, são principalmente as minhas viagens que me inspiram e que me trazem o material mais rico, as coisas que vejo, sons que escuto, meu humor em certos lugares… no caso dessas duas faixas originais, Amargosa foi um hotel abandonado e assombrado em Death Valley Junction, me deparei com ele durante uma viagem de carro muito inspiradora. Phoenix é cheia de inspirações africanas que colecionei durante viagens anteriores.

Para finalizar: deixe um recado para os fãs brasileiros que te esperam novamente. Estamos contando os dias para te ver novamente. Obrigado pela conversa!

A festa será incrível, já consigo sentir isso. Estou ansioso! ‘Beleza’, muito amor e pão de queijo!

A música conecta.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024