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A música conecta

Fabio Ape desembarca com seu live na Troally

Por Alan Medeiros em Troally 30.03.2016

Alguns artistas possuem uma concepção diferenciada do papel da música no cotidiano e de sua face enquanto arte. O produtor brasileiro Fabio Ape se encaixa nesse perfil. Através de suas vivências, concepções e contatos com a natureza, ele adquiriu influências que o possibilitaram criar um som repleto de identidade e alma. Ano passado, Fabio estreou pela respeitada sudd records e para este ano, está em busca de levar seu som para mais ouvintes, através da pista de dança. Conversamos com Fabio sobre presente, passado e futuro. De quebra, ele ainda nos presenteou com um live exclusivo de quase duas horas. Música de verdade, por gente que faz a diferença! 

1 – Olá, Fabio! Obrigado por falar conosco. Em sua bio, você cita sua música como algo místico. Como você enxerga o processo de criação da sua arte e quais são as principais influências extra musicais que são utilizadas?

Olá! Vejo o processo criativo como algo vivo, a produção musical faz com que os elementos musicais estejam ali presentes para serem utilizados em diversos tempos, atmosferas e vertentes. Diria que as principais influencias extra musicais vem das experiências que tenho ao longo da minha vida. O atual momento que estou vivendo, mais contato com a natureza, mais liberdade refletem na musica e criação.

2 – Em suas produções, podemos encontrar elementos de ambient, techno e experimental, que se fundem e resultam em algo original e novo. Essa concepção musical, é fruto de uma criação articulada ou as coisas vão acontecendo naturalmente até chegarem no resultado final?

A musica esta sempre se transformando com o tempo, mas existem referencias que são eternas. No inicio, quando sinto inspiração para criar busco algo mais articulado, mas a música vai tomando caminhos que as vezes não esperávamos e isso que é interessante: desprender-se do obvio, do padrão e deixar de maneira orgânica a musica conduzir a viagem..

3 – Você cria suas faixas pensando em como elas serão introduzidas em seus lives e na pista ou não há uma preocupação enquanto a isso?

Quando iniciei não tinha muito esse pensamento, e penso que foi uma fase legal, pois eu criava vários sons. Nem todos eram músicas obviamente, pois eu estava no começo, era algo mais livre. Hoje em dia parece que estamos todos condicionados a fazer algo que já existe, o novo acaba sendo de uma forma pouco aceita. A musica tem a função de transformar nossa realidade,  então ela deveria ser apresentada de maneira mais verdadeira. Os produtores deveriam explorar mais a capacidade pessoal de cada um.

4 – Ano passado, você lançou o EP Camminus pela sudd records. Qual foi a importância de ter um lançamento por uma gravadorta tão conceituada?

Fiquei muito surpreso, foram as primeiras músicas que comecei a fazer após uma serie de festivais que toquei com meu primeiro projeto de lounge & ambient. Resolvi então criar uma nova identidade e buscar algo mais verdadeiro e musical com synths e timbres de rubricas um tanto conhecidas como: techno, acid e experimental. Tinha um espaço mais confortável e mais liberdade para trazer instrumentos, quando vim morar aqui em Florianópolis em 2014. Fiz um edit como um mini álbum e eles aceitaram a proposta. Fiquei bem contente em saber que existem pessoas que estão dispostas a depositar confiança em novos produtores e apresentar novas sonoridades. Isso me deu muita motivação para fazer mais trabalhos.

5 – Para 2016, quais são seus principais planos e aspirações?

Para 2016, tenho como meta materializar os trabalhos e organizar as residências artísticas do coletivo Stand For A Jar, selo que busca através da identificação sonora sua principal essência além de apresentar mais meus lives em festas e festivais.

6 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música eletrônica representa em sua vida?

Ela representa uma nova forma de estar se conhecendo

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