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A música conecta

Há algo a mais na música do australiano Harvey Sutherland

Por Alan Medeiros em Troally 06.01.2017

Já no ano passado observávamos com atenção com a cena eletrônica na Austrália tem se desenvolvido com criatividade nos últimos anos. Isso vai além das boas festas e de uma multidão interessada em consumir algo mais profundo. O principal país da Oceania também tem feito a sua parte e vem revelando artistas para a comunidade internacional. Um dos nomes que surge forte nessa caminhada é Harvey Sutherland, músico dono de um grande talento e forte identidade para a produção musical.

Para compreender a música de Sutherland por inteiro, é necessário uma desconstrução. Seu estilo altamente musical, por vezes melódico e sempre dançante, passa a impressão de imersão em um show de uma banda muito bem ensaiada. Seu som é tão compacto e bem conectado entre as partes, que ao entrar de cada elemento, é possível sentir a alma artística de Harvey se desenvolvendo – e é assim em todas as suas faixas.

Engana-se quem pensa que Sutherland é um experiente produtor. Seus primeiros trabalhos foram liberados em 2013 e de lá pra cá uma rotina constante de estudos e evolução tem auxiliado para que ele conseguisse chegar no nível em que se encontra. Gravadoras como Voyage e Echovolt tem papel fundamental nessa caminhada. Elas auxiliaram o artista australiano na liberação de importantes trabalhos, como Bermuda, Nee Paradise e Bamboo.

O reconhecimento não demorou a aparecer. Nas últimas temporadas, seu nome esteve presente em line ups conceituados, de clubs e festas como Panorama Bar e Rex Club. Além disso, Harvey também colaborou para mídias conceituadas como Resident Advisor, NPR e Test Pressing. Ele também desenvolveu um projeto paralelo ao lado de outros dois músicos de Melbourne. Bermuda é um live act onde ele possui espaço para maiores experimentações envolvendo seu som, que já é bastante característico e propício para tal ação.

Para aqueles que observam a música com um pouco mais de atenção, é possível perceber que o talentoso artista australiano está distante de seu ápice. Sua evolução é constante e eminente, prova disso é a nossa vontade quase que insaciável por mais e trabalhos novos. Sua estreia em solo brasileiro ainda parece distante, mas não nos custa sonhar. Quem sabe um dia, não é mesmo?

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Música de verdade, por gente que faz a diferença! 

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