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A música conecta

A caminhada constante por algo novo é o que guia o Shadow Movement

Por Alan Medeiros em Troally 03.06.2016

Rafael Bartel e Raul Monteiro formam o Shadow Movement, projeto descoberto por Ale Reis e lançado ao mundo pela mente brilhante de Gui Boratto, através de sua label DOC. Logo no debut EP a dupla brasileira alcançou a 5ª posição no chart do Beatport e conquistou o suporte de nomes como Solomun, Michael Meyer, Stephan Bodzin e Adriatique.

De lá pra cá eles seguiram em busca de um som capaz de se contrapor a realidade dos inúmeros projetos que pouco somam ou acrescentam musicalmente no mercado musical. A favor deles está o apoio incondicional da família DOC e a experiência adquirida através de tours importantes na Europa. Hoje, Rafael e Raul estreiam na Troally, com entrevista e podcast exclusivos. Música de verdade por gente que faz a diferença!

1- Olá Rafael e Raul, obrigado por estarem conosco hoje. O grande objetivo do projeto de vocês é criação de um novo universo e uma atmosfera de música em relação ao que tem sido criado no Brasil atualmente. Isso foi um dos pontos fundamentais para que a música chegasse até o Ale Reis e depois até o Gui Boratto que decidiu lançá-los na DOC?

Provavelmente. Quando começamos a produzir buscávamos um som novo e não nos importávamos com o que era mais acessível no Brasil. Acreditamos que esse foi o ponto fundamental para o nosso primeiro lançamento e é até mesmo nos dias de hoje .

2- O “I.D. EP” foi o debut do projeto. Esse release foi o que apresentou vocês e de cara tomou o Top 5 no Beatport. Antes de existir o projeto vocês seguiam carreiras solo e decidiram juntar as experiências. Como foi esse processo?

Foi um processo natural, nos conhecemos há mais de 15 anos, estudamos no mesmo colégio e sempre partilhávamos os mesmos gostos musicais. Começamos apenas como uma jam e de repente as coisas tomaram uma proporção maior do que podíamos imaginar.

3 – Ainda falando de exemplos, vocês completam 3 anos de carreira, 2 lançamentos e um invejável feedback de Solomun, Hot Natured, Tale Of Us, Gui Boratto, Daniel Kuhnen, Michael Mayer, Maceo Plex, Stephan Bodzin, HOSH e da mídia internacional especializada. Como é receber esse feeds?

É muito gratificante para nós, não imaginávamos que íamos receber tantos suportes de artistas renomados mundialmente e da imprensa especializada. Sem dúvidas é uma grande motivação para continuarmos trabalhando.

4- Entrar para a família DOC é sem dúvidas uma conquista muito gratificante e com isso vieram as tours internacionais e o reconhecimento de várias partes do mundo. Como vocês vêem a cena brasileira hoje em relação do que tem sido tocado e produzido la fora?

A cena brasileira esta cada vez mais forte com tantos talentos que tem se destacado nesses últimos anos. Temos ótimos artistas, gravadoras, festas, núcleos e um público cada vez mais antenado. Estamos muito felizes em fazer parte desta evolução sólida que esta acontecendo por aqui.

5- Existe uma cobrança entre vocês para manter a qualidade de produção das músicas? Como é o processo criativo de vocês?

Ótima pergunta, existe sim. Tentamos sempre criar algo novo sem perder a nossa identidade. Focamos sempre em qualidade e não em quantidade. Nosso processo criativo varia muito, mas basicamente começamos com uma ideia que acreditamos pode ser de uma melodia básica ou uma sequencia na drum machine, a partir disso gravamos alguns takes e exploramos algumas variações e arranjos até chegar ao nosso objetivo.

6 – O ”Whales EP” foi lançado durante o Amsterdam Dance Event. Como foi isso?

Foi um grande momento na nossa carreira, foram feitas algumas cópias em vinil ‘edição limitada’ para serem distribuídas aos artistas durante o evento, antes do lançamento oficial.

7- O repertório é uma das marcas registradas do projeto. Como é pra vocês saber selecionar as faixas certas em meio de tantos lançamentos e promos?

É um processo bem difícil pois com tantas músicas sendo lançadas hoje em dia temos que peneirar muito. Ao mesmo tempo é prazeroso, faz parte da cultura do DJ. É preciso pesquisar muito para construir um bom set e fazer algo diferente e especial a cada apresentação.

8 – O que podemos esperar do Shadow Movement ainda nesse ano?

Estamos preparando o nosso terceiro disco que vai chegar este ano no segundo semestre e acabamos de lançar no dia 27 de maio uma nova música chamada ‘Lies’ que esta na primeira compilação da D.O.C.

9- Para encerrar, uma pergunta pessoal. O que a música representa na vida de vocês?

A música é a linguagem que usamos para expressar e nos conectar com as pessoas. Isso é a maior realização de nossas vidas.

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