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A música conecta

Cientistas veem baixo risco de disseminação de Covid-19 em shows após experimentos

Por Caio Stanccione em Notícias 10.11.2020

Após longos nove meses, a pandemia causada pelo Covid-19 ainda permanece entre nós, e até estamos mais acostumados com a nova rotina – para não dizer o termo novo normal -, porém ainda não podemos baixar nossas guardas com essa crise sanitária que está longe de ser sanada. Dentro do universo da Dance Music, podemos notar uma reformulação quase que completa. Por exemplo, festas seguem sem uma possível retomada devido ao alto risco de contaminação que as aglomerações causam, artistas passaram a buscar outras formas de renda como cursos online e os clubes passam por adaptações para se enquadrarem dentro das novas normativas de funcionamento de estabelecimentos. Ainda é cedo para estipularmos uma retomada total, mas existem pessoas que estão colocando todos os esforços – e de forma correta – para entender melhor como e quando isso pode acontecer. 

Em agosto, um grupo de cientistas alemães da Universidade de Halle foi responsável por executar um estudo sobre a disseminação do vírus nomeado Restart-19, que através de três shows com capacidade para 1400 pessoas, monitorou todos os presentes.No primeiro caso, nenhuma regra estipulada pela OMS foi colocada. No segundo teste, todas as regras de segurança estipuladas pela OMS foram obedecidas como aferição de temperatura corpórea e o uso de máscara, porém sem o distanciamento entre pessoas. O terceiro teste também seguiu todas as normas de segurança impostas pela Organização Mundial da Saúde, com o adendo do distanciamento social entre as pessoas de 1,5 metros. Para que o estudo colhesse dados de forma precisa, o álcool em gel disponibilizado continha reagente luminoso para identificar as áreas de maior contato além de todos os voluntários terem sidos préviamente testados e portarem um localizador GPS para mapear todos os passos.

Segundo um dos responsáveis pelo estudo, Dr. Michael Gekle, o risco de contaminação é baixo se todas as normas impostas pela OMS forem seguidas. Um dos fatores cruciais para a diminuição de risco para contaminação é o fluxo de ar. Em um dos testes, turbinas injetavam ar fresco no ambiente e em outro somente uma abertura no teto era responsável pela renovação do ar, onde foi constatado que quanto maior o fluxo de ar, menores são as chances de contaminação. Dr. Michael também afirmou que os locais com maior índice de contaminação em eventos de ambientes fechados são a entrada e os intervalos – ou fumódromos em nossa realidade -, onde acontece as aglomerações e que quase sempre o fluxo de ar é menor. 

Mas, Gekle também afirma que o resultado além de esclarecedor, é totalmente teórico e que não deve ser interpretado como única verdade, já que bebida e substâncias ilícitas não foram incluídas no estudo, sendo elas a maior causadora de quebras das regras que a OMS estabeleceu. O melhor a se fazer até o presente momento é – infelizmente – curtir o seu DJ preferido do conforto e segurança de sua casa.

A música conecta. 

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