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A música conecta

Assista o minidocumentário sobre a história de Valentina Luz

Por Ágatha Prado em Notícias 18.11.2020

Em tempos de um Brasil polarizado, com mercado dominado por uma elite  heteronormativa composta por homens brancos e cis, e a internet como um meio de escape para opiniões opressivas, falar e incorporar a diversidade em todos os setores se faz cada vez mais necessária. Na indústria do entretenimento, sobretudo no mercado da música eletrônica, ainda estamos longe de alcançar um ambiente igualitário, com participações ativas e equitativas de pessoas pretas, mulheres e LGBTQI+. Mas Valentina Luz, veio para provar que isso é possível, e inspirar a todes a não desistir de conquistar seus próprios sonhos.

Modelo, performer e DJ, Valenttina passou a frequentar o circuito underground de música eletrônica e ganhou destaque na cena paulistana dançando e discotecando em festas como a Mamba Negra, na qual hoje atua como DJ e performer residente. A artista compreendeu sua sexualidade ainda na infância e contou com o apoio da família em seu processo de transição de gênero. Por ser uma mulher trans e preta, experienciou o preconceito desde muito cedo e entende o enfrentamento contra a transfobia como um objetivo de vida.

Mais ainda, hoje Valentina é uma verdadeira inspiração como artista da noite paulistana, com uma assinatura distinta e impactante voltada para a House Music, ela já conquistou uma apresentação especial através da série Streaming from Isolation do Boiler Room, além de presença em line ups das principais festas da capital, mesmo com pouco tempo de estrada como DJ/

Com o objetivo de abordar alguns aspectos de vida, desafios e lutas de Valentina Luz, Luís Gustavo Meneguetti, em parceria com Marcelo Goraieb e Rodrigo Prata, apresentam um minidocumentário sobre a história da artista. Uma síntese de coragem, libertação e quebra de paradigmas, o documentário traz relatos de Valentina sobre sua infância, adolescência e seu ingresso e consolidação na música eletrônica. 

“Gravar esse minidocumentário foi muito importante para o meu processo artístico, principalmente no momento que a gente tá vivendo agora em 2020; e eu espero que ele possa chegar em outras garotas que assim como eu, não se viam no mercado de trabalho e não imaginariam que poderiam trabalhar com arte. É um grito de liberdade poder falar pra câmera sobre a minha história, sobre a minha vivência e eu fiquei muito feliz com o resultado” explica Luz. Confira.

A música conecta.

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