O Special Series de hoje já começa com essa bomba pra você entender a grandiosidade dos artistas homenageados da vez. Afinal, quem nunca escutou Superstyling, não é mesmo? Tá aí um grande clássico que bombou na TV, rádios e pistas de dança em todo o mundo. Porém, caso você conheça o Groove Armada apenas por sons mais eletrizantes como este, saiba que um passeio por sua discografia te surpreenderá pela gama de estilos que eles apresentaram durante toda a carreira.
Um pouquinho de história: tudo começou em Londres, em meados de 1996, quando Andy Cato e Tom Findlay foram apresentados pela esposa de Cato. Match instantâneo. Nascia o Groove Armada. Mas ele não era pra ser apenas o projeto de música eletrônica que a gente conhece. O início dessa história vem de um club fundado pela dupla, que levava o mesmo nome, em uma homenagem a uma discoteca dos anos 70.
Não demorou nadinha para que eles se aventurassem no estúdio e, em 1997, eles já lançaram um punhado de singles, incluindo faixas como 4 Tune Cookie e At The River, que viriam a ser grandes clássicos do projeto. Desde os primeiros passos, o Groove Armada – como produtores e DJs – despertou o interesse de gravadoras e público pelos sets progressivos e bem construídos, mas principalmente por serem capazes de levar ouvintes para outro mundo através de suas criações.
Do House ao Trip Hop a Eletrônica ao Downtempo, cada álbum do Groove Armada é uma viagem incrível, capaz de fazer trilha sonora para momentos voluptuosos ou te arrancar do sofá para dançar. Aparentemente não é pra fazer nenhum sentido mesmo, é para compartilhar música boa e ponto. E é de fato muito boa e que fez sucesso rapidamente. Foi logo no segundo álbum (1999) que eles lançaram I See You Baby (que você automaticamente já complementa mentalmente com um “Shaking That Ass”), faixa que ficou ainda mais conhecida pelo carismático remix de Fatboy Slim.
Superstylin veio logo em seguida, no álbum Goodbye Country (Hello Nightclub), lançado em 2001, e foi o que precisava para que a dupla explodisse de vez, sendo inclusive indicada ao Grammy pela composição. Com o clássico, outros grandes hits colocaram Groove Armada em uma posição cada vez mais privilegiada no mainstream da música eletrônica. Lovebox veio em 2003 em uma pegada que mistura Referências de Rock, Funk, o bom House de Pista, mas com um Rock balada que muitos de nós também já ouviu em algum filme por aí, Hands Of Time.
Eu poderia ficar aqui comentando todos os álbuns da dupla, mas prefiro que você confira cada um deles com a mente e ouvidos abertos, pois cada troca de faixa é uma história diferente, mas sem perder um toque de Groove Armada que os tornam inconfundíveis. Percorrer seus álbuns, EPs, singles e remixes mostra o quanto sempre estiveram à frente do seu tempo e não muito preocupados com modismos e padrões geralmente seguidos pela grande massa de artistas.
Assim também acontece nos DJ sets. House, Techno, Tech House, Electro, Progressivo… você vai encontrar de tudo em uma mistura que faz todo sentido. Veteranos das pistas de dança, eles seguem percorrendo pistas de dança dos maiores festivais e clubs do mundo. Como produtores, também seguem ativos, não apenas através de produções – como no lançamento de Hedge Of The Horizon, seu último álbum, no ano passado -, mas também por incontáveis remixes dos maiores artistas do cenário eletrônico.
A música conecta.