A empresa de transporte público de Berlim, BVG, está desenvolvendo um projeto piloto que prevê a presença de DJs e músicos ao vivo nas plataformas das estações do U-Bahn. A proposta deve começar pelo movimentado ponto de conexão Kottbusser Tor, com apresentações de techno na linha U8 e shows de jazz para quem circula pela U1. Segundo o jornal Tagesspiegel, a ideia é trazer “a vibrante energia de Berlim” para o subterrâneo, conectando arte, cotidiano e cidade em um único fluxo.
Ainda sem nomes anunciados, a curadoria pretende priorizar artistas ligados à cena local e, quando possível, com vínculos diretos ao bairro. A medida faz parte de um esforço maior de revitalização das estações iniciado em 2024, que busca melhorar a segurança, a limpeza e o clima urbano desses espaços. Pensar esse tipo de ativação também no Brasil abre margem para um debate necessário: como tornar nossos ambientes públicos mais habitáveis, seguros e culturalmente vivos? Em grandes cidades como São Paulo, Belo Horizonte ou Recife, onde há efervescência criativa e infraestrutura subutilizada, a provocação berlinense aponta para possibilidades concretas — e desejáveis.